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Julho tem média de 4 incêndios por dia, segundo Corpo de Bombeiros

O Corpo de Bombeiros de São Paulo divulgou ontem um relatório das ocorrências de incêndio atendidas pela corporação em Limeira até a última terça-feira, dia 19. O levantamento dos dados foi uma solicitação da reportagem e referente a todas as ocorrências de incêndios fora de edificação que chegam ao telefone 193, como vegetação, veículo, objeto e local de armazenamento a céu aberto. Os números não contemplam, por exemplo, incêndio à residência como o que aconteceu na sexta-feira da semana passada, na Vila Cristovan.

Sem chuvas com mais de 10mm, em um único dia, desde o dia 30 de maio (FT/Unicamp), com a umidade relativa do ar baixa, calor fora de época, somado ao costume de algumas pessoas de atearem fogo em mato, as ocorrências de fogo em vegetação são diárias e se sucedem. Os números mostram que, em 2022, foram registradas um total de 284 solicitações de incêndio ao Cobom (Centro de Operações dos Bombeiros), que fica em Campinas. Destas ligações, 239, ou seja, 84,1% são de fogo em mato. Os números são idênticos a média anual de 2021.

Os dados apontam ainda que julho já é (e provavelmente será) o mês com maior incidência de solicitações. Até o dia 19, o sétimo mês do ano tinha registrado 81 chamadas. O segundo mês com maior demanda foi abril, com 52 casos, em 30 dias. Maio (50), junho (41), março (28), fevereiro (23) e janeiro (9) completam a lista.

O levantamento ainda aponta que as terças-feiras, com 46 casos, seguido de perto dos dois dias do final de semana (45 aos sábados e 44 aos domingos) são os dias em que mais ocorrem incêndios na cidade. O período em que o telefone 193 mais toca para solicitações de incêndio é entre às 14h e às 16h, normalmente quando são registradas as maiores temperaturas dos dias.

COMBATE

Em entrevista à Gazeta no ano passado, o comando do posto do Corpo de Bombeiros de Limeira, afirmou que o fogo em vegetação é o tipo de ocorrência que mais preocupa a corporação, por ser um trabalho exaustante para os militares e demandar de uma estrutura grande para combatê-lo. Dependendo do local onde o fogo está localizado, o veículo pesado não chega, exigindo que o militar use abafadores manuais para combater as chamas. Para tentar amenizar a situação, no começo do ano a corporação recebeu uma camionete nova para o uso específico neste tipo de situação. O veículo poderia ser equipado com um tanque menor e teria acesso mais facilitado a grandes e acidentadas áreas. 

Em um dia de ocorrências seguidas, os militares atendem uma solicitação e, antes de ir para outra, tem de parar para abastecer o tanque d'água do caminhão, o que demanda algum tempo. Isso leva a demora do atendimento das ocorrências e causa uma má impressão na população que, às vezes, reclama da demora na resposta da corporação. Não é raro, os militares passarem a tarde toda e boa parte da noite na rua, voltando ao quartel, ainda com parte da noite e a madrugada de plantão para cumprir.

No âmbito municipal, a Defesa Civil auxilia o trabalho do Corpo de Bombeiros, mas apenas com uma camionete, que é dotada de um tanque de 400 litros. A corporação municipal tem um caminhão tanque, que também poderia ser usado, mas ele está parado há cerca de 1 ano e meio, de acordo com o apurado no acompanhamento de ocorrências da Defesa Civil.

PREVENÇÃO

Para evitar fogo em vegetação é necessário tomar alguns cuidados. Além de não usar o fogo como um instrumento de limpeza, os proprietários de terrenos devem mantê-los sempre limpos. Não acumule e não ateie fogo em lixo doméstico. Fumantes devem evitar lançar bitucas de cigarro pelas janelas dos carros, pois a vegetação, com a baixa umidade relativa do ar, pega fogo com mais facilidade. O telefone de emergência do Corpo de Bombeiros é o 193 e a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199.

 

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