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PM encontra mulher pivô de morte de técnico em refrigeração

A Polícia Militar (PM) de Limeira deteve durante a madrugada de ontem, duas pessoas ligadas ao assassinato do técnico de refrigeração Tiago Alessandro Camillo, de 40 anos, conhecido como “Cebola’. Uma mulher, de 31 anos, e um homem, de 35, foram detidos e encaminhados ao plantão policial para prestar esclarecimentos ao delegado plantonista, Alan Barcelos.
A amizade entre a mulher e Cebola teria causado a ira do companheiro dela, de 38 anos, autor do crime. Ele segue foragido.
Ambos souberam passar detalhes do crime para os policiais. A mulher teria testemunhado o assassinato. Já, o homem, conhecido como “Oreia”, teria ajudado o autor a colocar Cebola no porta malas do carro onde ele foi encontrado com o corpo carbonizado.

DINÂMICA DO CRIME

Segundo a mulher, estava havendo uma festa (que seria o Pancadão), no bairro e algumas pessoas estavam bebendo em um bar que fica na frente do estabelecimento de Nacional. Entre essas pessoas estava o irmão do autor, a prima dela e Cebola.
No termo de depoimento, a mulher alega que, sem motivo aparente, Nacional a chamou junto com Cebola para dentro do bar e fechou a porta. Na hora do disparo, a vítima ainda tentou correr, mas não conseguiu escapar. A mulher disse que acredita que só não morreu, pois, pessoas bateram na porta do bar, querendo saber o que estava acontecendo.
Em seguida, o autor foi até um posto de combustível da região para comprar etanol, para atear fogo no veículo da vítima. Para evitar a fuga da mulher, ele levou um filho dela, de 11 anos de idade.
Na volta, encontrou Oreia, passando na frente do bar. A testemunha percebeu algo que fez com que o autor o propusesse um pagamento de R$50 pelo silêncio e por um ajuda para colocar Cebola no porta malas do carro, o que foi aceito.

Antes de levar o carro com o corpo para o local onde ele foi localizado queimado, o autor teria amarrado a tampa do compartimento, pois Cebola teria ficado com o pé para fora. Para não chamar a atenção, o autor chegou a amarrar um saco preto no membro inferior de Cebola.

A polícia ainda busca entender o porquê a mulher não fugiu com o filho quando o autor foi com o carro da vítima, incendiá-lo. Ela e Oreia ficaram sentados na frente do bar, esperando o autor ligar para que ela fosse buscá-lo na região do ecoponto do Jardim Lagoa Nova. A mulher ainda disse que levou o companheiro para uma casa que ele tem no Jardim Jequitibás. O autor teria ficado lá até o sábado à noite, quando foi levado do imóvel por um casal que ocupava um carro prata. Para a PM, a mulher disse ter sido coagida pelo companheiro a ficar em silêncio. Na noite da terça-feira, ele chegou a ligar para ela, a ameaçando de morte. No final do depoimento, a mulher alega que “não teve relacionamento amoroso com Tiago, mas havia sim um flerte e uma troca de mensagens, porém, como ele era casado e a depoente [mulher] estava namorando, não chegaram a ter nenhum relacionamento físico”. O documento ainda afirma que o celular dela foi apreendido e passará por perícia para a extração de dados e mensagens. Ambos foram liberados da delegacia após a tomada de depoimento.

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil já investigava o caso, por meio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e já sabia destas duas pessoas e dos motivos do crime. Segundo o que apurou a Gazeta, estava marcado para ontem de manhã o cumprimento de mandados de busca e apreensão em alguns imóveis relacionados a esse caso. A reportagem tentou falar com o delegado titular, mas sem sucesso.

LIBERAÇÃO

Ontem, a Gazeta trouxe uma entrevista do irmão de Cebola. Ele disse que estava concentrando forças para tentar liberar o corpo do irmão. Agora, com a versão das testemunhas, é possível que a polícia libere o corpo para o sepultamento, sem necessidade do exame de DNA. A mãe de Cebola já forneceu material genético para confronto. “É bom saber que a resposta vai ser dada. Mas ainda queremos enterrar meu irmão”, disse Anderson Camillo, ontem

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