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Venezuelanos deixam a cidade com passagem paga pela Prefeitura

Um grupo de 20 venezuelanos, que passaram algumas semanas em Limeira, deixou a cidade na noite desta quinta-feira. Eles embarcaram com destino à Bauru, onde devem passar as próximas semanas. Com características nômades, os estrangeiros estão no Brasil há cerca de 5 meses e não pretendem voltar para o país de nascimento deles.

As passagens, que custaram cerca de R$1,5 mil aos cofres públicos foram compradas durante a tarde por servidores do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), que acompanharam a rotina deles até o embarque no ônibus. De manhã, eles estiveram na rodoviária, mas sem condições de comprar as passagens, foram orientados a procurar a Prefeitura.

O grupo foi ao Edifício Prada onde foi acolhido e encaminhado ao serviço social do município. A verba para a compra das passagens consta no orçamento da autarquia para bancar as passagens de pessoas em situação de vulnerabilidade.

De conversa difícil, por conta do idioma, e com receio de câmeras e abordagens, os membros do grupo quase não falam com estranhos. De um, que preferiu não falar o nome, a Gazeta conseguiu saber que eles estão no Brasil, fugindo do regime do ditador Nicolás Maduro. Ele disse que o presidente não ajuda a população em nada e que a situação financeira é tão difícil que os conterrâneos que ficaram para trás não tem dinheiro para comprar alimentos para suprir necessidades básicas. E quando tem, não é fácil encontrar onde venda, já que o comércio também passa por dificuldades.

Entre o grupo que deixou a cidade estão oito crianças, todas registradas oficialmente em nome de algum dos integrantes. Algumas delas, ainda em idade de ser amamentada. A verificação da documentação foi feita no ato da compra da passagem e todos foram catalogados pela prefeitura.

Embora esses venezuelanos também vivam da mendicância, eles não fazem parte do grupo que foi tema da reportagem da Gazeta do dia14 deste mês. Na oportunidade, a reportagem trouxe a denúncia de que havia um grupo de índios venezuelanos, que pagam aluguel e diárias em pousadas e, mesmo assim, pedem dinheiro no semáforo e são relutantes em aceitar ajuda do Poder Público. Esses índios, ainda permanecem na cidade, mas à época da matéria, eles disseram que já pretendiam ir embora, até pelas características nômades que têm.

CACHORRO
Um cão Sem Raça Definida (SRD) vive junto com o grupo que deixou a cidade ontem. Por norma da empresa que fez o transporte dos estrangeiros, o animal teria de estar com a vacina em dia para embarcar no coletivo. Foi necessário o acionamento do Departamento de Proteção e Bem Estar Animal para avaliar o estado de saúde, imunizar e instalar um micro chip no cão. Os tutores disseram que não deixaram a cidade se o animal não fosse com eles, que sempre viajam todos juntos. 

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