Uma figueira centenária, localizada dentro da pista do antigo aeroclube de Limeira, foi incendiada durante a noite desta terça-feira. Testemunhas encontraram a árvore em chamas e acionaram o telefone de emergência do Corpo de Bombeiros. Militares foram ao local e controlaram o fogo que consumiu cerca de 50% da planta.

As chamas se concentraram na parte interna do caule e chegou à parte alta, queimando a base de alguns galhos mais baixos. Na manhã de ontem uma equipe da Defesa Civil de Limeira esteve no local e apagou alguns focos que ainda estavam localizados na parte alta e de trás da figueira. A suspeita é que o fogo tenha chegado à árvore depois de queimar a vegetação rasteira em volta dela. Não se sabe se o incêndio foi criminoso e, se não, como ele começou.

Da noite da terça até a manhã da quarta, a árvore já havia perdido boa parte das folhas. Segundo o biólogo e diretor da secretaria do Meio Ambiente, Rogério Mesquita, isso é indicativo de que a árvore foi severamente atingida pelas chamas. “Ela solta as folhas para poder poupar energia e se regenerar”, alegou o diretor em entrevista a uma rádio local. Mesquita disse que a árvore será resfriada nos próximos dias e que um trabalho específico de adubação será realizado para a regeneração da estrutura da planta. 

Procedimento semelhante foi adotado em outubro de 2020, quando uma espécie semelhante foi alvo de vândalos na praça Coronel Flamínio Ferreira (do Museu), em outubro de 2020. Naquele domingo, desconhecidos acenderam velas dentro do caule, o que teria dado início ao incêndio. A figueira se recuperou e, segundo o biólogo, hoje está em pleno desempenho de suas funções, como a fotossíntese, por exemplo. Além das duas figueiras, a cidade ainda registrou outro caso de incêndio em árvore, em novembro de 2020, cerca de 20 dias depois do fogo ter atingido a árvore da praça central de Limeira. No dia 4 daquele mês, um jequitibá branco foi incendiado dentro do campo de bocha do Cecap. Mesquita pontua que o fogo pode comprometer o desenvolvimento das árvores e ressalta que a orientação é para que a população não ateie fogo em áreas verdes. “A arborização urbana traz benefícios para o meio ambiente e, principalmente, para a população. É fundamental que preservemos a biodiversidade da nossa cidade”, frisou ele em novembro de 2020.