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MP pede pronuncia de acusado de matar empresário em choperia

A promotora Débora Bertolini Ferreira pediu à Justiça de Limeira a pronúncia do policial militar acusado de matar o empresário Wagner Rogério dos Santos, de 41 anos, morto na porta de uma choperia da região central de Limeira, na madrugada do dia 16 de dezembro do ano passado. O Ministério Público (MP) pede que o denunciado seja julgado por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e sem chance de defesa da vítima).

A promotora alegou que “o denunciado não se conformou de ter a vítima retornada ao bar para confrontá-lo”.  Alegou ainda que “o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, na medida em que a maior parte das agressões foram perpetradas pelo denunciado, de compleição física mais avantajada, quando a vítima já se encontrava caída ao solo”. E ainda disse que “o crime foi praticado por meio cruel diante de a conduta ter sido praticada por meio de inúmeros chutes e socos, especialmente na cabeça e um pisão no tórax”.

O pedido do MP é diferente do entendimento do delegado do 1º Distrito Policial, responsável pela investigação do caso. Francisco Lima entendeu que o denunciado cometeu o crime de lesão corporal seguida de morte. Em depoimento ao Poder Judiciário, Lima alegou que “a conclusão do inquérito policial de que haveria lesão corporal seguida de morte, porque o ‘Guigo’ estava agressivo e partindo para cima do Marcelo, que teria se mantido sempre estativo”.

Entre os ouvidos também está o próprio denunciado. Ele alegou que tentou conversar com a vítima, colocando as mãos sobre os ombros de Wagner, que acabou lhe agredindo com um soco na boca, causando a quebra de um dente. Ele ainda alega que um dos amigos de Guigo também teria o segurado, enquanto a vítima o agredia. Wagner apenas teria sido contido quando os amigos perceberam que o denunciado é policial militar. Ainda em depoimento, o PM disse que foi ameaçado de morte pela vítima, que alegava fazer parte de uma facção criminosa.

Questionado, o militar ainda se intitulou como “uma pessoa calma, que não tem reclamações como policial militar e que não tinha a intenção de matar a vítima”.

DEFESA

A defesa do policial militar alegou à Gazeta que deve pedir a requalificação da denúncia, por entender que o crime de lesão corporal seguida de morte, crime qualificado na esfera policial é a mais adequada ao caso. A advogada Brenda Lombardi, que defende o policial alegou que foi o denunciado que acionou o socorro e que alegou que não queria matar o empresário. Alegou ainda que o laudo necroscópico não apontou quais foram as lesões que provocaram o óbito e alega que não é de competência do MP especificar quais foram os atos que resultaram na morte.

Brenda ainda cita uma suposta falta de provas e alega que “a denúncia foi totalmente embasada pelas notícias vinculadas pela mídia, sem qualquer prova robusta sobre a autoria delitiva e intento em praticar o ato penal”. Além disso, continua a jurista, “a mídia apresentou unicamente o intuito na venda de notícia e não na propagação da realidade fática.

A defensora do denunciado alega que “a vítima foi a verdadeira causadora do ilícito”, pois ameaçou o autor, alegando pertencer a facção que já promoveu ataques em Limeira, inclusive colegas de trabalho do autor e que o denunciado adotou todas as medidas possíveis para evitar o ocorrido, se identificando como policial e pedindo para que a vítima se retirasse do recinto. A defesa ainda alega que colegas da própria vítima afirmaram que o anseio de agredir partiu da vítima e não do acusado.

 

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