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Suspeitos de participação em homicídio de Cebola são soltos

A dona de casa, de 30 anos, e o desempregado, de 35, suspeitos de coparticipação na morte do técnico em refrigeração Tiago Alessandro Camilo, de 41 anos, na madrugada do dia 2 de julho, foram soltos pela Justiça limeirense. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa de ambos, Donizete Oliveira. A mulher, acusada de ser pivô da morte de ‘Cebola” e o desempregado, conhecido como “Oreia” receberam o alvará de soltura na tarde de ontem.
Segundo a defesa, o inquérito relatado pelo delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Limeira, responsável  pelo inquérito, Leonardo Burger, pedia a mudança da prisão de “temporária” para “preventiva”, ou seja, sem prazo para terminar. No entanto, o Ministério Público (MP/SP), não acatou o pedido, por não ver responsabilidade direta dos suspeitos na morte da vítima. Ambos devem seguir medidas cautelares enquanto permanecerem em liberdade. A prisão preventiva do acusado direto do crime, o comerciante de 38 anos, foi pedida e expedida pela Justiça. Ele segue foragido desde o dia do crime.

A PRISÃO

Os dois suspeitos foram presos no dia 7 de julho, cinco dias depois de o corpo de Cebola ser encontrado carbonizado dentro do próprio carro, em uma área verde da Avenida Doutor Lauro Côrrea da Silva, no Jardim Lagoa Nova. Testemunhas viram o carro em chamas e avisaram a PM. Depois de debelarem as chamas, os bombeiros localizaram o corpo, no porta malas.
No dia 5, a PM chegou a levá-los à delegacia, já sob a suspeição do crime, mas como não havia manifestação da Justiça sobre o caso, eles foram ouvidos e liberados pelo delegado. Em depoimento, ambos confirmaram o crime. A mulher disse que presenciou a vítima ser baleada pelo autor, companheiro dela. Já o desempregado disse que recebeu R$ 50 para ajudar o autor a colocar o corpo de Cebola no porta malas, onde ele seria encontrado horas depois.

A prisão da dupla também ajudou na liberação do corpo. Como, visualmente não foi possível reconhecê-lo, a Polícia Civil chegou a pedir que fosse realizado o exame de DNA para a liberação. No entanto, depois que a dupla afirmou que era mesmo Cebola que havia sido colocado no porta malas, Leonardo Burger decidiu pela liberação para o sepultamento, que ocorreu no dia seguinte à prisão dos dois. Para a Gazeta à época, a autoridade disse que diante de todos os elementos levantados até agora no inquérito ele “não via mais justificativa para a retenção do corpo no IML”.
Todos os indícios levavam a polícia a crer que o corpo fosse mesmo de Cebola. Ele estava desaparecido, o carro, roupas, pertences foram reconhecidos por familiares. O exame de DNA foi feito e o resultado será anexado ao inquérito.

FAMÍLIA

A família da vítima recebeu com revolta a notícia da liberação dos suspeitos. O irmão da vítima disse à Gazeta não acreditar que a dona de casa foi coagida pelo autor. Para ele, a mulher deveria ter avisado a polícia sobre o crime. “Como assim, foi coagida? Todos esses dias e com o autor fugido. Eu não acredito”, enfatizou o irmão. No caso do desempregado, a família disse que ele sabia o que estava fazendo e que tinha recebido dinheiro para tal. A Gazeta tentou contato com o delegado do caso na tarde de ontem, mas não obteve retorno.

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