Foto de capa da notícia

Equipe médica declara óbito de empreiteiro baleado na cabeça

A equipe médica da Santa Casa de Limeira declarou o óbito do empreiteiro Leonardo Xavier, de 50 anos, na manhã desta quarta-feira, seis dias depois de ele ser baleado na cabeça na frente de um bar, na última quinta-feira, dia 15. Segundo a família, logo depois do crime, quando Xavier foi levado para o hospital, foi aberto protocolo de morte encefálica.

No entanto, o protocolo exige que exames sejam realizados diversas vezes por profissionais de várias áreas para a confirmação de que não há mais atividade cerebral. Esse processo leva algum tempo e, só a partir da confirmação, assinada por vários médicos, é que pode se considerar a pessoa como morta. Foi o que ocorreu ontem, por volta das 10h. A informação foi confirmada pela família. A Santa Casa alega que não pode divulgar informações sobre a saúde do paciente.

Até à tarde de ontem, o corpo ainda não havia sido liberado para a família. É que a morte cerebral abre a possibilidade para a doação de órgãos, o que foi autorizado pela família. A ex-mulher da vítima, que acompanha o caso desde o ocorrido, não conseguiu confirmar quais órgãos seriam doados. A Gazeta procurou a Unicamp, referência para retirada de órgão na região de Limeira, para saber se a central de transplantes havia sido acionada, mas até o fechamento da edição, não houve retorno da equipe campineira.

Segundo testemunhas, o crime ocorreu na Avenida Vereador Samuel Berto, na frente de um bar, onde a vítima estava. Ele foi morto ao se aproximar da camionete dele. Amigos disseram que Xavier saiu do local sem se despedir, falando ao telefone, como se não tivesse a intenção de ir embora. Após o tiro, que acertou a cabeça da vítima, os amigos já encontraram Xavier caído.

Imagens de três pessoas correndo pela região logo após o crime foram entregues à polícia, que não descarta nenhuma possibilidade para o crime. Questionado, o delegado Leonardo Burger, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) se limitou a dizer que "o caso está sob investigação".

HOMICÍDIOS

Setembro foi o mês mais violento do ano, com três homicídios. Desde outubro de 2020, Limeira não registrava três crimes do tipo no mesmo mês. As três mortes ocorreram em um período de seis dias. Cristiano Sampar de Souza, morto no depósito de bebidas no dia 10. Roney José Venâncio de Souza, quatro dias depois, morto após tentar matar um barbeiro no Jardim Olga Veroni. E o caso de Leonardo Xavier, no dia 15, foram as mortes registradas. Com esses casos, Limeira tem 10 homicídios no ano, dois deles com a qualificadora de feminicídio. Além dos casos de homicídio, Diógenes Moraes Santos, 24, foi morto depois de tentar atacar um policial militar com uma faca. O caso é considerado "auto de resistência". Ele havia invadido uma casa e resisitiu ao se ver cercado pela PM.

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login