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MP quer que réus respondam por 13 mortes de lulus

O promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Limeira, Luis Alberto Segalla Bevilacqua, que cuida do caso dos 131 cães da raça Spitz Alemão, (Lulu da Pomerânia), encontrados em situação de maus tratos em uma chácara em um condomínio do Palmeira Real, em abril, quer que o casal responsável pelo local responda criminalmente pela morte de 13 cães.

Segundo laudos veterinários, os animais morreram em decorrência de cinomose, doença viral altamente contagiosa, que poderia ser evitada, caso os tutores tivessem tomado alguns cuidados, como a vacinação e a melhora na condição ambiental. Além disso, a aglomeração dos animais teria contribuído para a rápida disseminação do vírus. O contágio ocorre pelo contato do pet com secreções, urina e fezes infectadas pelos animais doentes. Além disso, casinha, cobertores e alimentos dos animais infectados também são fontes de infecção. Bevilacqua solicitou que duas veterinárias que cuidaram dos animais também sejam ouvidas e pediu o agendamento de uma nova audiência de instrução. Questionada sobre o pedido do Ministério Público, a presidente da Alpa, Cassiana Fagotti alegou que "Deus é fiel e justo".

O aditamento pode aumentar a pena do casal, já que a morte do animal vítima de maus tratos (no caso, 13), aumenta de um sexto a um terço a pena. Eles já respondem pelo crime de maus tratos, com o agravante de ser cão, contra 125 animais. No entanto, a decisão final do caso, esperado para final de setembro, deve atrasar mais um pouco.

CASTRAÇÃO

Ainda na terça-feira, foi divulgada a decisão do juíz Guilherme Lamas de autorizar a castração dos cães. O magistrado levou em consideração laudos veterinários que apontam que os procedimentos cirúrgicos são benéficos aos animais e o sentimento de que os animais não podem mais ser considerados como "propriedade". "De forma que a decisão será tomada com base no que for melhor para os interesse dos animais", alegou Lamas. Os procedimentos, que começam a ser feitos hoje por dois veterinários ligados à Alpa (Associação Limeirense de Proteção aos Animais), não devem ter custo aos réus ou ao Estado.

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