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DDM ouve cinco vítimas filmadas em banheiro de chácara

Cinco vítimas filmadas dentro do banheiro de uma chácara do bairro dos Pires de Cima, no último dia 2, foram ouvidas pela equipe da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Limeira, na semana passada. Elas foram chamadas pela delegada titular da unidade, Evelyn Kafa, para contar o que ocorreu no local. Segundo a delegada, todas as pessoas ouvidas contam histórias semelhantes. Entre elas, está a mãe da menina, de 6 anos, que encontrou o celular. Mãe e filha também foram filmadas usando o banheiro. Testemunhas alegaram que cerca de 50 pessoas foram expostas, entre mulheres, crianças e homens. A delegada disse que não pretende ouvir mais vítimas, ao menos que haja interesse do Ministério Público. 

A autoridade policial não passou detalhes da investigação que, segundo ela, ainda está em curso. No entanto, há fortes indícios de que o rapaz, de 28 anos, seja mesmo o autor das gravações. Ele gravou o próprio rosto ao esconder a câmera atrás de rolos de papel higiênico embaixo da pia do banheiro. Evelyn deve ouví-lo, ainda sem data definida, para formar sua convicção e encaminhar o caso para análise do Poder Judiciário. De acordo com ela, a advogada do rapaz já demonstrou interesse em apresentá-lo na delegacia.

Dois celulares do rapaz foram apreendidos e devem passar por perícia da Superintendência da Polícia Técnica Científica. A intenção é saber se a prática de filmar mulheres em momentos de intimidade, era usual. Evelyn disse à Gazeta que, a princípio, o rapaz cometeu dois crimes semelhantes; o de divulgar imagens de nudez sem o consentimento da pessoa. 
No caso das vítimas maiores de 18 anos, ele deve ser incurso no artigo 218C do Código Penal. O artigo prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão. No caso das menores de idade, ele deve responder pelo artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Neste caso, a pena é maior: varia de 4 a 8 anos de reclusão e multa.

TENSÃO

A reportagem conversou com outras testemunhas, que presenciaram os momentos seguintes à localização do celular. Todas foram enfáticas em alegar que foram momentos tensos e que o rapaz foi agredido diversas vezes, antes de conseguir fugir, deixando para trás a mulher, celulares e a camionete VW Amarok. O veículo foi danificado pelos frequentadores.
Uma das pessoas alegou que o suspeito teve sorte de estar em um ambiente familiar. "Lá, só tinha gente boa, pai de família. Se fosse outro tipo de ambiente, ele teria morrido", alegou um dos pais, cujo a filha também foi filmada.

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