A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira prendeu, durante a manhã desta quinta-feira, no Jardim Ernesto Kuhl, três pessoas que a Polícia Civil já sabe terem participado de forma direta do cárcere privado e assassinato de Maiara Fernanda da Silva Valério. O corpo dela foi encontrado em estado de decomposição em um canavial do bairro São João, no dia 25 de setembro. 

Entre os detidos está um homem de 32 anos conhecido como "Jagunço". Ele é apontado como líder do tráfico de drogas no Residencial Ernesto Kuhl e "Disciplina" de uma organização criminosa. Para a Polícia Civil, ele seria o mandante da morte da moça. Além deles, outras duas pessoas estão com ordem de prisão temporária decretada pela Justiça limeirense.

O delegado Leonardo Burger, titular da especializada e responsável pela investigação do caso, foi procurado pela reportagem, mas não quis dar mais detalhes, pois a investigação ainda está ocorrendo. Burger disse que no começo do ano, Maiara foi levada para Mogi Mirim para ser julgada em um tribunal do crime.

Ela teria sido condenada à morte, mas preservada naquele momento, pois estava grávida. No entanto, com um aborto que sofreu, Maiara novamente foi capturada pelos membros. A ordem para sua execução foi dada e ela acabou morta. Segundo a Polícia, ela foi morta por comportamento que a facção entendeu "em desconformidade".

No começo de setembro, a reportagem foi procurada por familiares que alegaram terem sido avisados por criminosos que Maiara fora morta e que seu corpo não seria devolvido à família. A comunicação da facção dava conta que ela iria ser decapitada e que o corpo seria jogado em um canavial. Foram nessas condições que o corpo dela foi encontrado dias depois.

Na oportunidade, familiares reconheceram o corpo localizado pelas roupas que vestia quando foi vista pela última vez e pelas tatuagens feitas no peito e na altura da costela. Desde o dia do crime, investigadores da Polícia Civil trabalham para elucidar o caso.