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Na região, Limeira registra alta de 93% de empregos formais

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de setembro, apontam a criação de 567 empregos com carteira assinada nas cidades de circulação da Gazeta. O melhor índice foi registrado em Limeira, com aumento de 93% de vagas em relação ao mesmo período do ano passado. Já Cordeirópolis e Engenheiro Coelho encerraram o mês de setembro com índice negativo, ou seja, demitiu mais do que contratou.

Em Limeira, foram 415 vagas formais em setembro, com destaque novamente para o setor industrial. Do total, foram 290 postos. O setor de agricultura fechou com índice negativo. No acumulado do ano, a cidade registra 5.763 vagas com carteira assinada. Em 2021, no mês de setembro, ainda com reflexos da pandemia, Limeira encerrou com 215 vagas formais.

No município de Artur Nogueira foram 33 postos de trabalho em setembro. Foram 393 admissões e 363 demissões ao longo do mês. O número é inferior que em setembro do ano passado, quando a cidade contabilizou 65 vagas. No acumulado deste ano são 281 vagas com destaque no setor do comércio e em seguida no setor de construção.

Cordeirópolis encerrou o mês com saldo negativo. O município registrou –62 vagas com carteira assinado em setembro, mas acumula um saldo positivo em 2022 com 510 postos de trabalho. No mesmo período do ano passado, a cidade contabilizou em setembro um total de 47 postos formais. O setor com destaque é o de indústria, com acumulado anual de 84 vagas.

Na cidade de Engenheiro Coelho, o índice também ficou no vermelho. A cidade registrou índice negativo de –47 vagas em setembro. No ano passado, com menos postos que em comparação a este ano, também fechou com vagas negativas, sendo -13. No acumulado do ano, Engenheiro Coelho tem 364 postos de trabalho com carteira assinada. O destaque é do setor de indústria, com 144 vagas no total.

Em Holambra, o município contabilizou 90 vagas formais de trabalho. A cidade das flores é um dos destaques no acumulado do ano, com 919 postos de trabalho. Com a realização da Expoflora em setembro, o setor de serviços alavancou as vagas. Foram 86 postos. É o setor com mais destaque também no acumulado do ano, com saldo de 654 postos formais.

Iracemápolis criou 29 vagas de empregos com carteira assinada em setembro. No acumulado, a cidade registra 199 postos de trabalho com ênfase no setor de indústria. Houve um aumento em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, quando o município gerou 11 vagas no total.

Desde 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Os dados do Caged podem ser revisados até um ano após novas demissões e contratações.

NACIONAL

O Brasil gerou 278.085 empregos com carteira assinada em setembro. O saldo verificado no mês passado é a diferença entre as admissões (1,926 milhão) e as demissões (1,648 milhão). No acumulado de janeiro a setembro, o saldo do Caged é positivo em 2,147 milhões de vagas. O número está abaixo dos nove primeiros meses do ano passado, quando houve criação líquida de 2,504 milhões de postos formais.

SALÁRIO EM QUEDA

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada caiu de 1.943,60 em agosto para R$ 1.931,13 em setembro. Em setembro do ano passado, a média era de R$ 1.923,89. O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, usou a pandemia da covid-19 para justificar o desaquecimento no ritmo de criação de empregos formais em setembro.

"Não tem como comparar setembro com o mesmo mês de 2021 porque estávamos voltando da pandemia (no ano passado)", alegou. Como de costume, o ministro deu apenas uma declaração no início da entrevista coletiva e não respondeu questionamentos dos jornalistas.

Apesar da pandemia, saldo de empresas permanece positivo

O saldo de empresas que entraram e saíram do mercado manteve-se positivo em 2020: 192,0 mil. Apesar da pandemia, este foi o segundo ano de saldo positivo, desde 2018 (menos 65,9 mil empresas). A taxa de sobrevivência (percentual das empresas ativas em 2019 e continuaram em 2020) foi de 83,1%.

Em 2020, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, o país tinha 4,9 milhões de empresas ativas que empregavam 39,4 milhões de pessoas, sendo 32,4 milhões (82,3%) como assalariadas e 7,0 milhões (17,7%) na condição de sócios ou proprietários. Os salários e outras remunerações pagos somaram R$ 1,1 trilhão, com um salário médio mensal de R$ 2.568,48. A idade média das empresas era de 11,6 anos, a mesma média de 2018 e quase igual à de 2019 (11,7 anos).

As informações são do estudo “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo”, divulgado ontem pelo IBGE. A taxa de entrada caiu de 20,2% em 2019 para 16,9% em 2020 e a de saída, de 14,0% para 13,0%. Para o gerente da pesquisa, Thiego Gonçalves Ferreira, seria natural haver redução na taxa de entrada, mas não na de saída, que foi a menor desde 2008. Porém o fenômeno se repetiu em outros países: de 12 nações analisadas, oito reportaram queda na saída de empresas.

“Talvez os efeitos da pandemia ainda levem mais tempo para serem identificados.  Algumas políticas públicas contribuíram para a sobrevida das empresas, como o Programa de Manutenção de Emprego e Renda e o Pronampe. Além disso, o choque inicial provocado pela COVID-19 foi sentido no país a partir de março. As empresas que funcionaram até esse período, mesmo que tenham encerrado as atividades nos meses seguintes, não entram na estatística de saída, por uma questão metodológica baseada em manuais internacionais”, destaca Ferreira.

Ele explica que os dados surpreenderam e devem ser observados com certa cautela, principalmente na comparação com os anos anteriores, pois a partir de 2019 a pesquisa sofreu uma alteração na metodologia que define organizações ativas, em razão de novo sistema de registro adotado pelo governo federal.

 

 

 

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