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Homem que tentou agredir pm tinha condenação por homicídio

Conforme a Gazeta adiantou na edição deste sábado, o homem em situação de rua, que tentou acertar um policial militar de folga com uma foice, foi identificado como Clodoaldo Augusto Ferraz. Ele tinha 51 anos de idade. A tentativa de agressão, que terminou na morte do agressor, ocorreu na porta de uma escola, na Via Guilherme Dibbern, no Residencial Alto da Graminha, na tarde de anteontem. Na noite da última quarta-feira, Ferraz também já tinha se envolvido em uma briga com o segurança de uma lanchonete, na Avenida Eduardo Peixoto. Ele foi levado ao plantão policial e liberado após prestar esclarecimentos.

A reportagem teve acesso à ficha criminal de Ferraz. Ao todo, o homem já colecionava sete passagens pela polícia, em Limeira e mais duas cidades da região: Americana e Santa Bárbara d'Oeste. Foi lá que Ferraz teve suas duas primeiras passagens criminais, ambas em 1989. Uma por lesão corporal e outra por homicídio. Elas ocorreram em um intervalo menor que dois meses. No ano seguinte, ele teve a terceira passagem, também em Santa Bárbara d'Oeste. Desta vez, o crime foi uma receptação.

Dois anos mais tarde, em 1992, ele cometeu um homicídio em Americana. Neste caso, ele foi condenado a 13 anos de reclusão. A reportagem não identificou se Ferraz cumpriu e quanto tempo ele ficou preso, pagando pelo crime. A pendência seguinte de Ferraz com a Justiça já foi em Limeira, em dezembro de 2008.

Naquele dia 13, ele tentou matar a facadas um vizinho e um funcionário dele, após ambos tentarem intervir em uma discussão que Ferraz estava tendo com a mãe. (veja abaixo). Já, em 2018 outras duas passagens em 2 meses e 15 dias. Em 30 de janeiro e 14 de abril, ambas, em flagrante, por furto.

FILMADO

Imagens de uma câmera de segurança da escola mostram a discussão entre Ferraz e o policial militar, de 33 anos. Visivelmente transtornado, por uma discussão anterior, Ferraz chega a escola armado e tenta abrir o portão. Em seguida, percebe-se o policial já no portão com uma empunhando uma pistola.

Ambos discutem por alguns segundos. Ferraz parece nervoso também pelas frutas que estavam caídas próximas ao local onde ele cairia morto em instantes. Em um determinado momento, Ferraz investe contra o policial tentando acertar-lhe a cabeça. O policial recua e, a imagem não mostra, mas dá para perceber o momento em que Ferraz é atingido.

Ele invade a escola, mas já sai, cambaleando, cerca de dois segundos depois. Caminha por alguns metros e encosta em uma árvore. É o local onde ele morrerá. As cenas condizem com o relato dado à Gazeta pelo delegado Leonardo Burger, da DIG, que esteve no local. O caso foi registrado como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

 

Passagem por homicídio de agressor
ocorreu no Jardim Santa Eulália

Ferraz foi investigado por tentar matar um pedreiro, então com 29 anos, no dia 13 de dezembro de 2008. Na época, a Gazeta registrou o caso. O pedreiro afirmou que estava defronte à residência do patrão, na Rua Irineu Degaspari, no Jardim Santa Eulália, tomando cerveja, quando o vizinho (Ferraz) chegou em casa e passou a discutir com a mãe e quebrar objetos do imóvel. Ele e o patrão resolveram intervir para evitar a agressão, pois sabia se tratar de uma senhora idosa. Ferraz voltou-se contra ele e o patrão, mas apenas discutiram. Ambos retornaram para a rua e continuaram a beber cerveja, quando o morador saiu gritando que ia matá-lo e entraram em luta corporal. O pedreiro foi esfaqueado e socorrido.
Somente no início da manhã seguinte é que a situação ficou mais clara, com a chegada de uma nova ocorrência de agressão mútua no plantão. Essa nova pendenga envolveu Ferraz, na época com 43 anos, (que assumiu a autoria da facada) e o amigo da vítima.

Ao ser ouvido pelo escrivão Antonio Carlos Venerando, Ferraz disse ter apenas se defendido na briga da madrugada anterior, pois o pedreiro estava tentando enforcá-lo. Como estava com uma faca de cozinha, desferiu-lhe a facada.

 

 

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