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Sindicato questiona Estado sobre saúde mental de policiais

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) quer informações do governo paulista sobre o afastamento de policiais civis por doenças mentais, como depressão, Síndrome de Burnout e ansiedade. Um ofício neste sentido foi protocolado nesta semana, na Secretaria de Estado de Segurança Pública. De posse dos dados, o sindicato pretende abrir discussão acerca do tema e propor políticas públicas de prevenção e de cuidado com a saúde dos trabalhadores da Polícia Civil.  

No documento, o sindicato solicita informações sobre licenças médicas de diversas carreiras (delegados, investigadores, escrivães, entre outras), nos anos de 2021, de 2022 e de 2023, e o quanto deste total se relaciona a tratamento de saúde mental (problemas psicológicos, psiquiátricos, etc). O Sindpesp quer saber, ainda, que tipo de auxílio o Estado oferece no que tange ao acolhimento da saúde mental dos policiais civis. O estado tem até 30 dias para enviar as respostas.

 Segundo a presidente do Sindpesp, Jaqueline Valadares, ambas instituições, Civil e Militar, são submetidas a altas doses de estresse no dia a dia, o que pode levar ao aumento das tensões e ao adoecimento. A baixa remuneração também impacta na qualidade de vida do servidor da Polícia Civil. Jacqueline lembra que São Paulo está entre os estados que pagam os piores salários do Brasil para a instituição. Entre os 27 estados da federação, São Paulo está em 24º lugar em remuneração para o delegado de Polícia. 

 Para o Sindpesp, todos estes fatores podem estar potencializando o número de suicídios e de afastamento de policiais por motivos de doença mental, o que não pode ser negligenciado pelo poder público.

 

 

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