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Adolescente morre em tentativa de extorsão no Jd. Aeroporto

O adolescente Luygi Belo Martins da Silva, de 15 anos, morreu durante a noite desta terça-feira (22), depois de invadir uma casa na rua José Fabri, no Jardim Aeroporto, e tentar extorquir dinheiro da vítima, um médico, 30. O rapaz chegou a ser socorrido pela Unidade de Resgate (UR) do Corpo de Bombeiros à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

A Polícia Militar (PM) informou ao delegado Dimas Custódio que duas equipes da corporação estavam paradas em uma rua próxima, quando foram acionadas por um motociclista não identificado. A informação da testemunha é que uma pessoa, que usava capuz, teria invadido um imóvel em que um veículo estava parado na frente.

Ao chegarem ao local indicado, os policiais perceberam que o portão estava apenas encostado e decidiram pela incursão, já que vozes eram ouvidas vindas de dentro do imóvel. Ao chegar na sala, a equipe percebeu que, em tom ameaçador, o adolescente exigia a senha do PIX da vítima, apontando o que seria uma arma para a cabeça do médico. Ao perceber a presença dos policiais, o garoto apontou a “arma” aos militares, fazendo com que três disparos fossem dados, em forma de defesa. O objeto que o jovem empunhava era uma arma de airsoft, uma réplica bem semelhante a uma verdadeira.

Dentro do imóvel também estava um rapaz, de 22 anos, identificado como K.H.M.. Em seu relato, a vítima disse ter marcado um encontro com K. e que, enquanto conversavam, foi rendido pelo adolescente. O rapaz negou participação no crime. Porém, um terceiro investigado, de 23 anos, que estava sentado na frente da casa, foi abordado na frente da residência por um sargento que ficou na retaguarda da equipe que fez a incursão.

Questionado, o investigado alegou que mora no imóvel e que havia permitido que K. passasse um tempo na casa. Ele ainda alegou que ouviu de K, que “levantaria uma grana com um médico e com Luygi”. Todos foram levados à delegacia. Na unidade foram apreendidos ainda R$400 que estavam com o adolescente. O dinheiro estava na roupa dele e foi encontrado durante o socorro, no hospital. Ciente do ocorrido e das versões apresentadas, o delegado Dimas Custódio autuou K. em flagrante e liberou o rapaz abordado na frente da casa. O caso foi registrado como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial, extorsão e corrupção de menores.

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