Uma reivindicação antiga da população limeirense, que são as bases fixas da corporação, deve voltar até o final do ano. Foi o que anunciou o secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Civil, Wagner Marchi, durante a audiência pública, realizada na noite de terça-feira, na Câmara de Vereadores. As antigas bases foram fechadas, tanto pela GCM quanto pela PM, pois as corporações entendem que o policiamento ostensivo motorizado é mais adequado.

Por outro lado, a maioria das ideias apontadas por munícipes durante o encontro, contemplava a presença de agentes de segurança parados em pontos estratégicos da cidade. Segundo Marchi, a pasta trabalha em um projeto para instituir quatro bases na área urbana e uma na zona rural. No entanto, estas bases seriam muito mais do que simplesmente uma referência na questão da segurança. A nomenclatura também deve mudar para Pais (Pólos de Atendimento Integrado de Segurança).

A elaboração da ideia é de responsabilidade de Anderson Martins, que é diretor de projetos da secretaria. Para Martins, o objetivo principal dos polos é descentralizar a segurança, dividindo a cidade em regiões. Cada polo atenderia uma parte da cidade e trabalharia, de forma mais direta, as demandas - também sociais - de cada área. Essas discussões incluiriam um representante da comunidade e seriam intermediadas por um inspetor da GCM. “As demandas que chegassem aos pólos, seriam repassados para o Conselho Municipal de Segurança, que teria o caráter opinativo e deliberativo”, frisou Martins, em entrevista à Rádio Educadora.

Atualmente, o cargo de inspetor não existe na corporação, mas, segundo apurado, o trâmite interno para o concurso da função já está em andamento na secretaria. Martins acredita que até o começo do ano que vem, as vagas para inspetor já estarão ocupadas para o processo de instalação destes pólos. Além do Parque Cidade, que seria o central, a corporação contaria com prédios no Jardim Nossa Senhora de Fátima (onde já funcionou uma base da GCM), no Centro Comunitário do Cecap e na base da corporação na Via Antonio Eugênio Lucato (Marginal Tatu), próximo à Ponte Preta. Além dos pólos, foi anunciado o aumento no sítio de monitoramento da Muralha Digital, que hoje conta com 52 faixas, e até o final do ano aumentará para 219, além da integração com cem pontos de radares

Uma audiência pública para tratar sobre a segurança da cidade foi realizada na Câmara de Limeira nesta terça-feira, 8 de julho. O evento foi organizado pela  Comissão de Obras e Serviços Públicos após demanda de munícipes apresentada na reunião do colegiado no dia 13 de julho. Todos os relatos serão consolidados em um documento que será enviado ao governador, Tarcísio de Freitas, e ao prefeito, Mario Botion, solicitando as melhorias propostas.

O representante da comissão de moradores, Danilo Moraes usou a palavra para explicar o que motivou a demanda apresentada à Comissão de Obras, que foi um assalto na Via Guilherme Dibbern, no dia 5 de julho, quando dois motoqueiros tiveram seus veículos roubados às 8h da manhã. O representante também aproveitou para falar sobre roubos a comércios e os “pancadões” que estão incomodando moradores de várias regiões da cidade. Danilo pediu mais investimento em segurança, aumento do efetivo policial e de policiamento na cidade.

Também foram pauta do encontro assuntos como os “Pancadões” e a sensação de insegurança relatada pelo público presente. Entre as pessoas que se manifestaram estava o comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar de Limeira, capitão Herlon de Paula, que ressaltou, entre outras coisas, a importância da participação popular, como em iniciativa como o programa “Vizinhança Solidária”, onde a comunidade participa de um grupo de WhatsApp que tem contato direto com a corporação estadual. As respostas das demandas apresentadas no encontro serão respondidas em uma nova audiência, que ainda deve ser marcada.