Um incêndio, ainda por causas desconhecidas, destruiu um apartamento do 11º andar do Edifício Leblon, localizado na rotatória do Rotary Clube, que dá acesso à Ponte Preta. O incidente mobilizou dezenas de militares de quatro cidades da região e teve o comando do tenente Magnun, dos Bombeiros de Piracicaba. Um gato morreu e uma mulher precisou de suporte médico no local. Segundo os Bombeiros, o apartamento estava vazio na hora do incidente e o dono ainda não havia sido localizado.

Quem foi ao prédio, foi o pai do morador do apartamento. Ele trabalha próximo e correu para o condomínio quando viu que a fumaça saia do apartamento do filho. “Ele tem um gato, que tá lá dentro. Será que eu consigo ir lá retirá-lo”, alegou o homem. Em seguida, foi comunicado da morte do animal.

Um morador do prédio alegou à reportagem da Gazeta que trabalhava em casa quando sentiu um cheiro forte de queimado. Morador do 9º andar, ele alegou que foi alertado pela esposa que o grupo de mensagens do prédio começou a receber informações e que, em seguida, foi alertado por uma vizinha a sair do apartamento. “Quando abri a porta, já vi que o hall tava com fumaça. Peguei o cachorro, o notebook e desci. Agora estou aqui [na rua] esperando para ver o que poderá ser feito”, alegou o morador. “Foi um baita susto, mas ainda bem que não tem ninguém ferido”, disse ele.

Assim como ele, dezenas de pessoas esperavam, aflitos, o atendimento da ocorrência. Pessoas com crianças de colo, cães e gatos e bolsas com alguns pertences. “Quando eu ouvia a palavra “fogo”, eu pulei do sofá, peguei minha filha, a bolsa e desci correndo a escada. Não quis olhar para trás para ver o que estava acontecendo”, relatou uma outra mulher. Além destas pessoas, outros moradores, que estavam fora do prédio, voltavam correndo, querendo saber notícias e saber se poderiam entrar em seus apartamentos. Policiais militares foram chamados para recepcioná-los e garantir o trabalho dos bombeiros. Agentes da Guarda Civil Municipal, que passavam pelo local, também prestaram apoio.

Um comerciante da região, entendendo a gravidade da situação e o cansaço dos militares, disponibilizou fardos de água para a hidratação dos bombeiros. O trânsito no local ficou bastante comprometido, pois a alça de acesso ao viaduto teve de ser interditada para o trabalho de combate às chamas. O Departamento de Trânsito enviou dois agentes para controlar o fluxo de veículos.

INTERDIÇÃO
No final da tarde, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil de Limeira informou que o prédio seria totalmente interditado. Na vistoria feita pela engenheira Regina Vieira, foram constatadas rachaduras no apartamento incendiado e em apartamentos próximos, além de indícios de comprometimento da estrutura em unidade de andares superiores e inferiores ao do apartamento onde o fogo começou.

Além disso, o secretário Wagner Marchi alegou que caixas de energia elétrica de diversas unidades apresentaram problemas. Segundo Marchi, não seria possível religar a energia elétrica desligada pelos Bombeiros durante o combate às chamas, pois haveria riscos de curto circuito, o que poderia causar novos incidentes. Durante a noite de ontem, moradores foram autorizados a entrarem em seus apartamentos para retirar pertences.