A mulher, de 26 anos, apontada como a autora do assassinato da própria filha, de 2 anos, em Limeira, mudou a primeira versão dada à polícia e acusou o amásio de agredir a menina, no Parque Nossa Senhora das Dores. A Gazeta apurou que ela prestou depoimento no 2º Distrito Policial, delegacia responsável pela investigação do crime, ontem.

De acordo com o apurado pela reportagem, ela teria dito que foi o marido quem agrediu a menina e que ela “apenas segurou o braço da filha”. Esta versão é conflitante com a que foi dada por ela mesma, na sexta-feira, em seu primeiro depoimento. Na semana passada, a mulher disse que o amásio saiu para trabalhar em seu horário habitual e que teria levado comida para o almoço, pois voltaria apenas no final da tarde. O patrão do marido confirmou que o homem trabalhou normalmente na quinta-feira, dia 28.

A Gazeta ainda conversou pelo telefone com a advogada do pai da garota, Elis Fernanda Bertagna. A defensora alegou que a suspeita confessou o crime à uma testemunha, mas alegou que não pode revelar quem teria ouvido a declaração. O pai da criança não quer falar sobre o assunto e pediu sigilo de onde ele está abrigado. Para a testemunha, a mãe disse ainda teria dito que deixou a criança por cerca de 3 horas em cima da cama, antes de chamar por socorro.

Isso justificaria a rigidez cadavérica alegada pela equipe médica da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Parque Abílio Pedro, para onde a menina foi levada por uma familiar. Neste intervalo, N. deu banho na filha que já não apresentava nenhuma reação. O laudo da necropsia aponta que a menina teria morrido cerca de 4 horas antes de dar entrada na unidade, pouco depois do meio-dia.

Ainda nesta quarta-feira, a mulher passou por audiência de custódia, onde a prisão temporária foi mantida. Um defensor público foi nomeado para assessorar a mulher, que deve ser mantida presa por, no máximo 60 dias. No entanto, a qualquer momento, a prisão temporária pode ser revertida em preventiva, que não tem prazo para terminar.