A Justiça de Cordeirópolis absolveu no começo desta semana a mulher, de 34 anos, que manteve a filha, de 32 dias, retida por cerca de 7 horas, dentro de um apartamento em março de 2022. O caso ocorreu em um condomínio da Vila Barbosa e só terminou depois da intervenção do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar (PM) paulista.

O Poder Judiciário local entendeu que a mulher é inimputável em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto. O exame de sanidade mental da mulher foi pedido pela Polícia Civil dias depois do crime. Embora o laudo psiquiátrico tenha esclarecido a situação da mulher, ela deve se submeter a tratamento ambulatorial, por medida de segurança.

O CASO
A mulher se trancou no apartamento da família depois de brigar e esfaquear o companheiro. Eles teriam se desentendido e, na tentativa de fuga, o homem foi ferido. A filha do casal foi retida pela mãe dentro do apartamento, que aparentava sinais de desorientação. Após sete horas retida dentro do apartamento, a recém nascida começou a apresentar sinais de desidratação de hipóxia (dificuldade respiratória). Isso fez com que o Gate fizesse uma entrada tática no apartamento para libertar a refém e dominar a mãe. Segundo a Polícia Civil, à época, a mulher, como mãe, tinha o dever legal de zelar pela vida da filha. O delegado Leonardo Burger ainda cita que a mulher poderia estar sob "influência do estado puerperal".