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Laudo da necropsia confirma que mulher foi agredida

Investigadores da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) cumpriram mandado judicial e prenderam o ajudante geral I.S.B., 32, em uma residência da Rua José Bento da Glória, no Jardim Olga Veroni. B. é acusado de ter assassinado a esposa Maria Helena Ferreira Duarte, de 31 anos, na madrugada do último dia 5. Duarte estava internada na Santa Casa, onde foi a óbito, na tarde da última segunda-feira.

Na madrugada daquele domingo, uma equipe da GCM foi acionada ao hospital, depois de a equipe médica alegar que a mulher apresentava sinais de agressão. O caso foi levado para o delegado Siddhartha Carneiro Leão, que determinou que o ajudante fosse levado para o plantão policial para prestar esclarecimentos. B. disse que a companheira apresentava sinais de depressão e que já havia falado em suicídio. Segundo o ajudante, ao acordar com um barulho forte, viu a mulher caída e com a cabeça machucada. Foi ele que pediu auxílio ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para levar Duarte ao hospital. Depois de ouvido, ele foi liberado pelo delegado.

A Gazeta acompanha o caso e trouxe a notícia da morte de Duarte na edição de quarta-feira. Segundo a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Evelyn Kaffa, desde o dia que a mulher deu entrada no hospital, a equipe de investigação da unidade trabalha no caso. Durante a semana passada, a delegada chegou a representar pela prisão do marido, mas o Poder Judiciário refutou a solicitação. Para a delegada, o pedido se deu pelo receio de fuga do homem, já que havia “fortes indícios” de que ele teria agredido a esposa.

Depois da morte da mulher, o laudo da necropsia apontou que Duarte foi espancada. Além disso, o testemunho do filho do casal, de 6 anos, também serviu de base para a apresentação da nova representação contra o ajudante. O garoto disse em uma chamada de voz que assistiu a mãe ser agredida pelo pai. O menino alegou que o pai derrubou a mãe da cama, em seguida, pisou na cabeça dela. A chamada foi gravada por uma vizinha da família, que encaminhou o arquivo para a delegacia. Outras testemunhas também foram ouvidas. Uma delas disse que Duarte já havia sido agredida pelo suspeito.

O ajudante deve ficar preso por tempo indeterminado. Ele foi ouvido na unidade especializada, mas não confessou o crime. Se confirmado, este será o segundo caso de feminicídio do ano, em Limeira. No primeiro caso, que vitimou Angeliandra Antonia Alves Ferreira, de 32 anos, em 19 de setembro, o marido, autor do crime, também está preso de forma preventiva.

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