Um incêndio de grandes proporções destruiu uma loja de roupas localizada na Rua Senador Vergueiro, na manhã de ontem. Era pouco depois das 9h, quando funcionários perceberam as chamas atingindo o teto da loja. Em pouco tempo, o prédio foi evacuado. Segundo o gerente da loja, assim que o cheiro de fumaça se alastrou, todos os colaboradores saíram imediatamente da loja. Alguns nem conseguiram pegar seus pertences, mas felizmente nenhum deles se feriu. Em meio a correria, comerciantes da Rua Senador Vergueiro começaram a deixar suas lojas. “Ouvimos estalos fortes e o cheiro de fumaça se espalhou rapidamente. Alguns funcionários desceram e relataram o ocorrido. Muita gente se assustou na hora, por receio de haver explosões”, disse uma das funcionárias de uma loja de roupas.

Assustados, os funcionários saíram correndo e gritando. “Foi uma gritaria só. Percebi que algo estava acontecendo porque comecei a sentir cheiro de fumaça”, alegou um lojista vizinho ao prédio. Comerciantes também começaram a deixar suas lojas. O Corpo de Bombeiros de Limeira foi acionado e enviou equipes ao local. A primeira guarnição que chegou começou o combate às chamas em duas frentes: pela entrada principal da loja e pelos fundos de um comércio, que fica com a frente virada para a Rua Barão de Cascalho.

A primeira preocupação era isolar o fogo e evitar que ele atingisse os prédios vizinhos. Os imóveis que ficam imediatamente ao lado da loja foram vistoriados pelas equipes. De imediato, foi percebido que as chamas não haviam atravessado os limites da loja de roupas. O mezanino da loja foi completamente destruído. Era lá que funcionava o estoque, onde estavam incontáveis peças de roupas. Tudo se perdeu.

Na área de venda, boa parte da mercadoria não foi atingida pelas chamas. A perícia criminal deve determinar onde o fogo começou, mas a primeira suspeita é que um curto circuito no sistema de ar condicionado da loja tenha causado a ignição das chamas. Depois de cerca de 2 horas de combate ao fogo, houve um novo incêndio em outra área da loja. A reação dos bombeiros com relação a esse episódio mostrava que a situação estava sob controle dos militares. Dezenas de curiosos e comerciantes se aglomeraram para assistir, alguns assustados, o trabalho das forças de segurança.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a ocorrência foi atendida por 30 militares de duas cidades (Piracicaba e Rio Claro), além dos lotados em Limeira. Ao todo, foram 12 viaturas e mais de 100 mil litros de água usada. O trabalho de rescaldo acabou por volta das 15h, cerca de seis horas depois do início do fogo.

TRÂNSITO
O Departamento de Trânsito da Prefeitura isolou as ruas ao lado e o tráfego precisou ser desviado, causando um transtornos aos motoristas que passavam pelo Centro. Um agente de trânsito, que passava pela região quando o fogo começou ajudou a retirar algumas pessoas mais assustadas e pessoas com dificuldade de locomoção.

Ele chegou por algumas vezes a entrar na loja para auxiliar as pessoas e acabou inalando fumaça. Depois da evacuação total do quarteirão, veio o preço: o servidor teve um mau súbito e precisou ser levado para o hospital Hapvida Medical por equipes do Samu para receber atendimento médico. À tarde ele recebeu alta e, por sorte, passa bem.

MURO
Dos imóveis que fazem divisa com a loja tiveram problemas. Uma agência bancária, que fica com a frente voltada para a praça Toledo Barros e uma igreja evangélica, que fica na Rua Carlos Gomes foram os imóveis atingidos por pedaços do muro do fundo da loja, que teve um colapso parcial. Agentes da Defesa Civil teriam de analisar a situação de cada prédio para verificar o que fazer com os imóveis.

A Defesa Civil também demonstrou preocupação com um restaurante, que fica na Rua Barão de Campinas, pelo sistema de gás encanado do estabelecimento. O coordenador da Defesa Civil, Anderson Martins, alegou que, como o fundo do prédio da loja faz divisa com diversos outros imóveis, o quarteirão todo seria interditado. “É uma medida preventiva. Jamais queríamos prejudicar o movimento destas lojas, mas por precaução preferimos interditar tudo até amanhã [hoje]. Com calma, bem cedo, faremos uma vistoria em imóvel por imóvel e aqueles que não apresentem riscos, iremos liberar já nesta quarta-feira”, disse o coordenador à imprensa presente. No entanto, no final da tarde, alguns comércios da região foram autorizados a abrir.