Mais de 60 dias após o acidente que matou o músico Paul Lennon Wesley Fricks, de 34 anos, a Polícia Civil de Limeira ainda espera a emissão de um laudo considerado fundamental para a investigação, de acordo com o delegado Francisco Lima; o da velocidade em que o veículo de luxo estava no momento do choque com o veículo do músico. Conforme a Gazeta mostrou no final de março, a Polícia Científica realizou algumas medições no local do acidente para fazer o cálculo.
A Gazeta apurou que os peritos que assinam este tipo de laudo trabalham na capital, que é por onde o documento será emitido. Questionado sobre a demora, a autoridade policial disse que vem cobrando os peritos, mas acredita que o tempo seja normal, pela demanda de trabalho da Polícia Técnica-Científica do Estado. Lima afirmou que todos os envolvidos na investigação já prestaram depoimento, exceto o próprio motorista. Para interrogá-lo, a autoridade quer ter todos os elementos, baseados em laudos oficiais.
Ao final, Lima deve decidir pelo indiciamento ou não do condutor do carro de luxo. O autônomo continua solto. Em seu depoimento aos policiais militares ainda no local, o condutor alegou que não parou no cruzamento, pois acreditava estar em sua preferência, já que seguia à direita do músico. O sistema semafórico existente no local estava em amarelo intermitente, por determinação de uma lei municipal. No entanto, duas testemunhas já ouvidas pela polícia alegam que, pouco antes do acidente, foram ultrapassadas pelo autônomo, que estaria em alta velocidade. O condutor ainda se negou a fazer o teste do bafômetro e está com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada desde 2019.