Delegado alega que agressor cometeu tentativa de homicídio e pediu a prisão; Justiça o manterá preso por tempo indeterminado

O auxiliar de serviços gerais C.J.S., 36 anos, foi preso por policiais do 3º Distrito Policial, na manhã de ontem, após a Justiça determinar que ele passe, pelo menos, sete dias preso, por ter cometido, em tese, o crime de tentativa de homicídio. A vítima é uma adolescente, de 14 anos, agredida por ele, na frente da Escola Estadual Luigino Burigotto, na quarta-feira da semana passada.
A jovem brigava com a filha do indiciado, de 11 anos, depois que a adolescente elogiou o olho de um menino, namorado da criança. Em imagens que viralizaram nas redes sociais, o homem aparece agredindo a adolescente com capacetadas e chutes, inclusive enquanto a jovem estava caída. Em seguida, a adolescente cai, aparentemente, desacordada e pai e filha fogem. A adolescente foi socorrida à Santa Casa, onde passou por exame e foi liberada.
A Polícia Militar foi acionada e identificou o agressor pela ficha cadastral da filha, aluna da escola. Na quinta-feira, com a repercussão do caso, o homem se apresentou espontaneamente no 3º Distrito Policial, foi ouvido e liberado. No entanto, no curso do processo, o delegado interino da delegacia, Edgar Albanez, entendeu o caso como tentativa de homicídio e o indiciou. O Ministério Público foi provocado e concordou com a tese do delegado, sugerindo a prisão do pai, de forma temporária.
Na manhã de ontem, os investigadores do 3º Distrito Policial foram à casa do indiciado e o deram voz de prisão. Ele foi apresentado na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), referência para captura de procurado e foi levado à carceragem da Delegacia Seccional de Limeira. Na saída, a reportagem da Gazeta conversou com o advogado do agressor. O defensor disse que não queria falar antes do resultado da audiência de custódia. Na tarde de ontem, a prisão do agressor foi convertida em preventiva, ou seja, sem prazo para terminar.