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Violência em Iracemápolis atinge mais mulheres e crianças

A Prefeitura de Iracemápolis, por meio da Vigilância Socioassistencial, divulgou na última sexta-feira (29) dados alarmantes sobre notificações de violência e violação de direitos no município. O evento aconteceu no Centro de Convivência do Idoso “Pica-Pau” e contou com a presença de diversos representantes da rede socioassistencial, que reforçam o compromisso da administração municipal com a transparência e o enfrentamento à violência.

De acordo com os dados apresentados pela administração local, mulheres representaram 94,7% das vítimas registradas, o que evidencia um cenário grave de violência de gênero. No Conselho Tutelar, a principal violação registrada foi negligência à saúde, correspondendo a 13% dos casos atendidos.

A situação de crianças e adolescentes também chama atenção. O CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) apontou que 40% dos atendimentos foram relacionados à violência intrafamiliar, tanto física quanto psicológica. Além disso, 60% dos casos envolviam negligência ou abandono. Na Delegacia de Polícia, os crimes de ameaça e lesão corporal representaram 34% das ocorrências notificadas. Já a Guarda Municipal registrou cinco casos de lesão corporal, o que equivale a 22% das notificações da corporação.

O sistema nacional DataSUS também evidenciou a gravidade da situação: 71% das notificações estavam relacionadas à violência física. Já o canal Disque 100, que recebe denúncias anônimas de violações de direitos, contabilizou 56 denúncias e 489 violações em 2024. No primeiro semestre de 2025, os números caíram para 24 denúncias e 170 violações, apontam dados da administração local, mas a maior parte ainda envolve agressores homens, conhecidos das vítimas, e os casos ocorreram, em sua maioria, dentro da residência das vítimas.

A apresentação dos dados integra uma estratégia da Prefeitura de Iracemápolis para fortalecer a rede de proteção social e promover ações mais eficazes no combate à violência. A iniciativa também busca fomentar a criação de políticas públicas baseadas em dados concretos, ampliando o suporte às vítimas e combatendo a impunidade.

Para a assistente social e técnica da Vigilância Socioassistencial, Silvana Sestenaro a divulgação dos números visa sensibilizar a população e mobilizar os diferentes setores da sociedade para o enfrentamento conjunto deste problema que atinge, principalmente, os grupos mais vulneráveis.“É fundamental fortalecer as ações integradas entre os diferentes órgãos e entidades para assegurar proteção e apoio às vítimas, além de promover a conscientização da comunidade sobre a importância do combate à violência e à violação de direitos”, afirmou.


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