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Ator limeirense se consagra no cenário nacional de teatro e televisão

O limeirense Ragi Abib, de 43 anos, é ator, apresentador, humorista e tem se destacado no mundo artístico com papéis relevantes tanto no palco como na TV.  Ragi atua desde os 15 anos, mas foi em 2002 que iniciou profissionalmente no teatro. E em 2008 começou a fazer papéis na televisão. Em seu trabalho mais recente, ele interpretou o Montanha em Nos tempos do Imperador, novela das 18h, da Rede Globo.

Na rede Globo, além de Nos Tempos do Imperador, Ragi participou de Orgulho e Paixão, Deus Salve o Rei, Sob Pressão, Êta Mundo Bom, Alto Astral, Em Família, Dalva & Herivelto, Malhação, Caras e Bocas e Zorra Total. Na Record, teve participações em Apocalipse, A terra Prometida e Ribeirão do tempo. Já no canal Multishow, participou de Cilada, nos episódios Churrasco, Hospital e Aeroporto).

Em o Mecanismo, da Netflix, ele deu vida ao empreiteiro João Coutinho. Na série Galera FC, da TNT, Ragi fez o Robertão; na Fox, em Impuros, foi o Armando. Já em Porta dos Fundos fez diversos vídeos para internet, além de participar da série Borges Importadora no Comedy Central.

O ator atuou também em várias campanhas publicitárias como da Mercedes Benz - New ACTROS, iFOOD, Flying Horse Energy Drink e Itaipava. No teatro, Abib está em cartaz desde 2012 com Coisa de Gordo, um espetáculo de peso! “Trata-se de um solo de humor. Aqui tem o São Duíche, o Santo protetor dos gordinhos, personagem criado por mim”, explica.

Outras peças estreladas por ele são: La Fura Dels Baus - MURS (A Cia Catalã foi responsável pelo espetáculo de abertura das olimpíadas de Barcelona e o espetáculo MURS, foi o primeiro Smart Show do Mundo. “Eles vieram ao Brasil com esse show e eu tive a honra de integrar o elenco. Com apresentações no Rio de Janeiro (no Armazém da Utopia) e em São Paulo (Ginásio do Ibirapuera) os espetáculos eram de total interação com o público e o smartphone e eram limitados a 1000 pessoas por apresentação”, relata.

Como se Fazia um Vagabundo (Espetáculo com texto de França Júnior de 1907, na versão original Como se Fazia um Deputado, “que retrata o cenário político do toma lá, dá cá, compra de votos, entre outros”; “Parece até nos dias atuais”, a montagem foi pela Tartufaria de Atores do Rio de Janeiro para o Fringe (Maior festival de Teatro do Brasil, na cidade de Curitiba).

TRAJETÓRIA

Hoje, Ragi mora no Rio de Janeiro, mas afirma que sempre que termina um trabalho ou consegue uma folga, vem para Limeira rever familiares e amigos. Ele conta que começou a carreira com pequenas montagens de peças de teatro amadoras, “participei também de várias oficinas culturais na cidade de Limeira e atuei por uma Companhia de Teatro Limeirense chamada Cia Amart, a última peça que apresentei com a Cia Amart foi o Pagador de Promessas, um clássico de Dias Gomes, dava vida ao Galego e a direção era do grande Galdino Clemente”, diz. Depois disso, ele foi morar em São Paulo, fez faculdade e se tornou ator, dublador e humorista, “além disso, sou bacharel em Análise de Sistemas”, acrescenta.

 

Para ele atuar no teatro é completamente diferente de atuar na TV, que também é diferente de atuar no cinema. “O trabalho do ator, é um eterno aprendizado, você vive em constante estudo, para criação e composição da personagem”, explica. “Ser ator é estar sempre em reciclagem. Ter técnicas, mas deixar fluir organicamente, cantar, dançar, rir, encantar e emocionar”.

 

Sua maior fonte inspiradora é Charles Chaplin. “Na minha casa no RJ, tenho uma imagem dele enorme na parede”, brinca. Sobre as dificuldades desta profissão da profissão, o ator explica que esta é uma carreira muito instável. “Tem pouca ou nenhuma segurança de que você vai ter o próximo trabalho. Hoje, diria que 1% da classe, vive exclusivamente da sua arte. Com a pandemia, os teatros ficaram fechados e as produções de audiovisuais, somente com reprises. Isso fez com que muitos artistas partissem para o plano B e foram descobrir ou encontrar uma nova fonte de renda”, alega.

“No entanto, meu maior sonho é que a cultura seja mais valorizada e que possa transformar ainda mais as pessoas. Tem uma frase que diz: ‘só a cultura é capaz de expulsar coisas ruins das pessoas’”, finaliza.  

 

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