O Santuário Espiritual Ramatis recebe, no dia 12 (sábado), às 20h, o segundo concerto do projeto "Camerata aberta: em busca do oboé brasileiro – de Bach a Baden". A iniciativa visa democratizar o conhecimento sobre o oboé (instrumento musical de sopro) e explorar suas potencialidades na interpretação da música brasileira, a partir de suas raízes na música clássica. 

O concerto faz parte de uma série de dez apresentações, sendo cinco delas de caráter didático em escolas públicas, além de quatro palestras sobre o tema. A proposta busca descentralizar o acesso à cultura musical em Limeira, levando apresentações a diferentes pontos da cidade. O projeto foi selecionado no edital de chamamento público nº 03/2024, da Política Nacional Aldir Blanc II, e conta com apoio da Prefeitura de Limeira, com realização do Ministério da Cultura – Governo Federal.

Sob a liderança do maestro Rodrigo Müller – arranjador e solista do grupo –, será apresentado um repertório diversificado que transita do erudito ao popular. O maestro estará acompanhado por um quinteto formado por Ricardo Yeda Rebouças e Aline Cristina Nava Müller (violinos), Mitchel Assis (viola), Leonardo Borges (violoncelo) e Flávio Vasconcelos (violão).

O projeto representa uma jornada musical e histórica que parte de Johann Sebastian Bach – compositor que escreveu o dobro de solos para oboé comparado a qualquer outro instrumento melódico em suas orquestrações – até Baden Powell, violonista brasileiro que, em parceria com Vinícius de Moraes, personifica o trânsito entre a música erudita e a popular brasileira.

O programa inclui obras como Sinfonia da Cantata e Concerto para Corne Inglês, de Bach, e Concertino para Oboé, de Brenno Blauth. Arranjos especiais de Paulinho da Viola (Choro Negro), Baden Powell (Manhã de Carnaval, Samba em Prelúdio, Canto de Ossanha, Berimbau) e Candeia/Cartola (Preciso Me Encontrar). 

"Esta formação camerística inovadora reúne instrumentos tradicionalmente associados à música clássica com o violão, símbolo da música popular brasileira, criando um diálogo musical que desfaz fronteiras artificiais entre gêneros", explica Müller.