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“Todo dublador é ator, mas nem todo ator é dublador”, diz profissional

Leandro Loureiro, de 38 anos, é dublador e explica à Gazeta os desafios da profissão.Meu despertar para essa área foi aos 11 anos quando assisti Rei Leão com minha mãe, no cinema, porém foi depois de adulto que consegui efetivamente correr atrás do sonho”, revela.

Entre os trabalhos de destaque, ele deu voz a personagens como o Black Hat de Vilanesco, desenho da Cartoon Network que também teve sua estreia no HBO Max e o herói Aulus, do jogo de celular Mobile Legends.

Ele se formou como ator pelo Senac de Limeira e concluiu alguns cursos e workshops de dublagem. Quando sentiu que estava pronto, começou a procurar estúdios em SP, pedindo uma oportunidade para mostrar seu trabalho. “Dublar para mim é tudo. Não consigo me ver fazendo outra coisa na vida. Também sou apaixonado por teatro e estou sempre disposto a fazer arte, independente da área. Mas a dublagem é meu verdadeiro amor”, diz.

Ele ressalta que a dublagem requer que o ator interprete, pela voz, o que está na tela. Então, a arte de dublar é bem difícil e nem todos os atores conseguem se adaptar a essa atividade. “Por isso que sempre falam: todo dublador é um ator, mas nem todo ator é um dublador”.

Quanto as suas inspirações, Leandro conta que elas vieram dos filmes que assistia com conteúdo dublado. “Ficava imaginando a minha voz ali, sonhando com o dia que isso acontecesse. E, é claro, no caminho a gente sempre vai encontrando alguns anjos que nos ajudam demais. O dublador e diretor André Gaiani, por exemplo, eu considero meu padrinho da dublagem. Sempre me ajudou e ajuda bastante. Mas existem vários outros anjos que estão sempre ajudando, sem essas pessoas eu nada seria”, acrescenta.

Leandro compartilha que seu sonho é viver somente da dublagem. “Hoje faço outras atividades para conseguir sustentar minha família, intercalando com a dublagem sempre que aparece uma escala. Porém, acredito estar no caminho certo e vejo esse sonho cada dia mais perto de ser realizado”,

Com relação às dificuldades da profissão, o dublador acredita que seja a inserção, de fato, no mercado de trabalho. “É preciso muita persistência e paciência, porque demora mesmo. É um trabalho de ‘formiguinha’, ir, aos poucos, colhendo os grãos até conseguir ter o reconhecimento necessário para se trabalhar com isso todos os dias”.

E para quem tem o mesmo sonho de Leandro e gostaria de ingressar nesta área, ele diz: “estude muito! Dublar não é simplesmente pegar um microfone e sair falando. Primeiro, se torne um excelente ator para depois se especializar na dublagem e aí sim começar a correr atrás de efetivamente dublar. Lembre-se sempre que persistência e paciência são as palavras chave”, finaliza.

 

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