A loja Su Bolos, inaugurada há dois meses, é um exemplo de empreendedorismo de sucesso. A proprietária Suelen Venâncio conta que começou a fazer bolos para complementar a renda durante a pandemia. Ela já trabalhava na área de venda de nutrição saudável, mas, neste período, teve uma nova ideia e se reinventou. “O ramo da alimentação não parou quando começou a quarentena. Então, decidi me reinventar. As pessoas estavam em casa e seria muito bacana comprar um bolinho para comer com a família. Principalmente, se tivesse a opção de delivery, que traz segurança e comodidade para o cliente”, conta.

Mas o problema é que ela nunca tinha trabalhado com produção de alimentos e não sabia fazer bolos. “Nunca fui uma mulher apaixonada por cozinhar. Quando queria bolo, sempre pedia para a minha mãe fazer”, diz. Porém, a motivação era grande e a expectativa era de que tudo ia dar certo.

“Sou uma pessoa muito positiva, porém, o receio era grande. Estava otimista, super empolgada e animada para fazer acontecer. Mas, e o bolo que não sabia fazer? Isso mesmo. Eu não sabia. Foi quando pedi uma receita para a minha mãe, ela passou e fiz um bolo. Experimentei e gostei. Daí eu pensei: bora lá vender, vai dar certo. E deu tudo certo”, afirma.

Para Suelen, como ela mesma diz, "a pandemia foi positiva, no sentido profissional. Através desse grande desafio que assolou o mundo, me redescobri. Tirei forças de onde não imaginava que existia. A minha criatividade floresceu mais ainda. A minha fé continuou inabalável e o mais importante: o Senhor preparou um trabalho, o qual é realizado entre família. Após um mês produzindo bolo sozinha em minha residência, meus pais vieram para me ajudar e recebi todo o suporte e carinho. Hoje trabalhamos entre família: pais, filha, genro e sobrinha [Maria Sueli e Vitor, Suelen, Isaac Venâncio e Alexia Molina]. Estamos há 4 meses na área".

Os bolos da Su, como é conhecida, são recheados de detalhes, que se tornaram uma marca. Ela pensou em não somente entregar um bolo numa embalagem, mas algo que fosse parte de um momento especial em família. Atendeu às necessidades do mercado e colocou seu toque especial, como o bolo de churros que vem com potinho de doce de leite, as decorações com flores e os bolos no pote. Algo que já existe, mas que vem com algo a mais. Um diferencial é o bolo de doce de abóbora que é feito pelo pai. Ele é quem faz o doce e é sucesso entre os clientes. Contudo, ela relata que a maior dificuldade foi na preparação das massas! Após testes e testes com as nossas massas hoje nós temos uma massa com ótima qualidade.

A LOJA

O sucesso de seus bolos foi tanto que ela precisou expandir os negócios e resolveu abrir a loja Su Bolos, mas ainda continua o sistema de delivery. Ela conta ainda que a média diária de clientes aumentou. “Hoje, vendemos em torno de 30 produtos por dia”. Por isso, além de sua família, ela contratou mais funcionários para ajudá-la. A loja oferece também pão caseiro e pudins.  

Segundo a Su, o diferencial da loja é “nosso atendimento humanizado que valoriza cada cliente, fazendo com que ele sinta parte da nossa empresa. Nossa missão é trazer à memória lembranças de bolos que remete à infância”.

A dica da limeirense para empreender é ser corajoso. "Tem que ter coragem, ousadia e estar preparado para tudo, para ter receita em um mês e não ter em outro. A vida de quem empreende é uma caixinha de surpresas. Se você é uma pessoa como eu, de família simples e de pouco recurso, não precisa ficar com medo. Pega o que você tem e inicia a sua jornada no empreendedorismo. Tenha muita fé e paciência. Estude vendas e educação financeira ou busque ajuda. Entenda que no início é você quem vai colocar a mão em tudo, isso mesmo. Aqui, mesmo trabalhando em família, estou com a mão na batedeira, daqui a pouco no celular, depois embalando e ainda pensando em estratégias para vendas. Pensa que é fácil? Não, não é não. Mas é necessário e gratificante, na hora que tudo se ajeitar a sua empresa conseguirá ter mais pessoas".

Para o futuro, ela diz que pretende expandir a loja para cidades da região. Afinal, para Suelen, "uma pessoa que não sonha é como se estivesse morta, sem vida".