Represa Tabajara: “é uma situação assustadora”

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Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Limeira constatou assoreamento e cobra providências do Pelotão Ambiental

 

Os vereadores da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Limeira realizaram, ontem, uma visita à represa Tabajara, na área da Usina Ester, para averiguar denúncias de assoreamento. A situação, que vem sendo destacada desde março pela Gazeta, preocupa não apenas pelo impacto aos moradores e produtores rurais, mas também pela contribuição ao leito do Ribeirão Pinhal, fonte de abastecimento de água da cidade.

De acordo com os parlamentares, uma das represas está totalmente assoreada e na outra a água está barrenta. A USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira) reforçou a denúncia encaminhada à Comissão do Meio Ambiente da Câmara Municipal de Limeira, acerca do crime ambiental. “Conclamamos a Prefeitura de Limeira a buscar solução para o assunto, inclusive, na seara judicial se for o caso. O município é o guardião dos recursos naturais de seu território, e cumpre que exerça seu papel, inclusive acionando órgãos de defesa ambiental”, destacou.

Os membros da Comissão, vereadores Tatiane Lopes, Airton do Vitório Lucato e Helder do Táxi foram recebidos por dois funcionários da Usina Ester. Também participaram da diligência Artur Bueno, dono de uma propriedade na região, e André Montagner, da USTL. Na denúncia apresentada à Comissão, a informação foi de que a situação do local é preocupante e teve início a partir de fevereiro de 2024, quando a água começou a sumir.

No local os parlamentares visualizaram três represas. A primeira, segundo eles, está totalmente assoreada, com muita terra, e a segunda está com a água barrenta. A terceira fica em local de difícil acesso e não pôde ser visualizada. “É uma visão assustadora”, afirmaram.

Outro apontamento feito pelo colegiado sobre a visita é de que foi construída uma vala que pode ter até um quilômetro de extensão, que tem como objetivo impedir as capivaras que habitam o local de acessarem o canavial. Uma hipótese levantada pelos moradores é da possibilidade de que a terra dessa vala esteja sendo levada até o córrego que alimenta as represas durante as chuvas e pode ter causado o assoreamento.

Para continuar a investigar a denúncia e obter informações dos órgãos competentes, a Comissão agendou nova visita à represa para o dia 2 de maio, a partir das 13h30. Na ocasião serão convidados para estarem presentes representantes das secretarias de Meio Ambiente e Agricultura e de Obras e Serviços Públicos; representantes do Pelotão Ambiental; e representantes da Usina Ester.

 

Como complemento das informações, os vereadores também vão encaminhar um ofício à Secretaria de Segurança Pública questionando se o Pelotão Ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM) tem conhecimento do assoreamento da represa Tabajara, na área da Usina Ester, e da construção da vala. Caso a resposta seja positiva, a Comissão também quer saber quais foram as providências tomadas pelo órgão em relação aos fatos. (Com Câmara)

 

 

 

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