Em abril, Limeira perdeu 2.318 empregos formais  

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No mesmo mês do ano passado, foram fechados 159; demissões são reflexo do isolamento

 Em abril de 2020, foram fechados, em Limeira, 2.318 postos de trabalho formais. Os números foram divulgados ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. No mesmo mês do ano passado, o saldo era de menos 159 empregos formais. Os números tão mais altos em 2020 são reflexo do isolamento social, devido ao coronavírus.

Em abril deste ano foram feitas 860 contratações contra 3.178 desligamentos, por isso, o saldo de 2.318 postos de trabalho a menos. Já no ano passado, eram 2.639 contratações contra 2.480 demissões. Saldo de 159 a menos.

Os números do ano de 2020 também mostram queda. Ao longo dos quatro primeiros meses foram feitas 9.019 contratações contra 11.048 demissões. O saldo anual é de 2.029 postos formais de trabalho fechados. Limeira este ano, mais demitiu que contratou.

Economista e consultor financeiro, Fábio Macedo, é possível afirmar quem em parte, o isolamento social é responsável pela situação. “A retração da atividade econômica, advinda do isolamento social contribui para a queda da produção e consumo, levando as empresas a optarem pela interrupção ou cancelamentos dos contratos de trabalhos. A paralisação dos investimentos causados pela incerteza na economia é outro fator que colabora para a interrupção de novas contratações”, avalia.

O caminho agora, diz ele, é aguardar as tratativas sobre a reabertura das atividades econômicas e a flexibilização do isolamento social para que esses indicadores voltem a crescer com a retomada do consumo, produção e investimento.

 

COMÉRCIO FRUSTRADO

 

O Caged não separou por setores, mas para o Sicomércio, o comércio foi um dos setores mais prejudicados e está entre os que mais demitiu devido a muitas lojas estarem fechadas. "Nesta época do ano o comércio estaria contratando, com a chegada do inverno as vendas estariam mais aquecidas, só que com a pandemia do coronavírus, ao contrário de contratar, o comércio é o que está mais demitindo", cita o presidente do Sicomércio, Eduardo Hervatin.

Ele espera que com a volta do funcionamento do comércio, as lojas possam voltar a contratar novamente. "Sabemos que vai ser difícil voltarmos ao normal, mas não podemos perder as esperanças, espero que quando tudo isso passar voltaremos a realidade", comenta.

 

NO PAÍS

 

No país, as demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho, em abril. Foram 1.459.099 desligamentos e 598.596 contratações. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados ontem. O saldo de abril foi o pior da série histórica iniciada em 1992. Segundo o Ministério da Economia, os dados mostram que a queda no número de contratações contribuiu de forma expressiva para o saldo negativo de empregos formais.

 

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