Motoristas de aplicativo criticam PL de regulamentação

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Na sessão ordinária de segunda-feira, Everton Dutra, representando os trabalhadores dos aplicativos de transporte de Limeira, falou na Tribuna Livre sobre o Projeto de Lei Complementar N° 12/2024 do Poder Executivo Federal, que regulamenta direitos trabalhistas dos motoristas de aplicativo.  

Segundo ele, apesar de serem favoráveis à regulamentação da categoria, não concordam com a proposta contida no projeto, por considerarem que as informações não estão claras. Ele destacou que um dos pontos do projeto é o pagamento de imposto de 27,5%, que eles acreditam que será repassado para os passageiros e motoristas. “As empresas não vão pagar isso, com certeza quem vai pagar isso somos nós”, afirmou.

O projeto de lei complementar tramita no Congresso Nacional. As regras dispõem sobre a relação de trabalho intermediado por empresas operadoras de aplicativos de transporte remunerado privado individual de passageiros em veículos automotores de quatro rodas e estabelece mecanismos de inclusão previdenciária e outros direitos para melhoria das condições de trabalho.   

Durante a sessão, os vereadores de Limeira aprovaram uma moção de protesto.  “Em vez de proteger e garantir seus direitos, o projeto pode agravar ainda mais a precarização das condições de trabalho, submetendo os motoristas a jornadas exaustivas, falta de segurança laboral e remuneração injusta”, apontou Waguinho da Santa Luzia, que foi autor da moção.

“O segmento dos trabalhadores e trabalhadoras de aplicativos são unânimes nas reclamações pela falta de direitos, onde muitos profissionais relatam rotinas com muitas horas de trabalho, alto custo com manutenção dos carros, aumento da instabilidade financeira, falta de cobertura previdenciária em casos de ausência por doença ou força maior e desgastes físico e emocional”, e acrescentou que é necessário promover um debate amplo e transparente sobre o tema, ouvindo todas as partes envolvidas e garantindo que qualquer legislação relacionada seja “justa, equitativa e verdadeiramente protetora dos direitos dos trabalhadores”. (Com Câmara)





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