Justiça arquiva inquérito em que Eliseu Daniel é citado

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A justiça arquivou ontem o inquérito em que o ex-vereador Eliseu Daniel foi citado por delatores por envolvimento em irregularidades da empreiteira Odebrecht. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), foram relatadas a ocorrências de pagamentos de vantagens indevidas não contabilizadas, na campanha eleitoral de 2012, em favor de três políticos que foram candidatos à Prefeitura, na época.

O arquivamento foi solicitado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) sob a alegação de falta de provas e, de acordo com a sentença, o juíz, Dr. Emilio Migliano Neto acatou o pedido e arquivou os autos.

”Diante da manifestação do zeloso Promotor Eleitoral (ID 87530967) e da ausência de elementos indiciários que contrariem a conclusão exposta pelo parquet. Acolho a douta manifestação ministerial e determino o arquivamento dos presentes autos, com as devidas anotações, nos termos do disposto na subseção II, seção II, capítulo III, título IX, parte II das Normas de Serviço da Corregedoria Regional Eleitoral do Estado de São Paulo, ressalvada a hipótese do artigo 18 do Código de Processo Penal”, mostra parte da sentença que foi publicada ontem.

Eliseu ressaltou que aguardava pelo dia em que fosse provada a sua inocência, no entanto, não esperava que a notícia viesse exatamente no dia em que completaria 48 anos de vida. “Não esperava receber essa notícia hoje, no meu aniversário, e fiquei muito feliz com a verdade sendo restabelecida. Sempre disse que mostraria que era inocente, e esse dia chegou”, comemora. “Sinto-me renovado e mais do que nunca, revigorado para prosseguir. Sei que a caminhada é longa e há muito a ser feito por Limeira e pelo nosso Brasil”, finaliza.

 

INQUÉRITO

 

Em setembro de 2017 foi instaurado o inquérito para investigar os apontamentos feitos pelo ex-executivo da Odebrecht Ambiental, então empresa responsável pelos serviços de água e esgoto em Limeira, Guilherme Pamplona Paschoal, sobre políticos da cidade. Em delação premiada, ele afirmou ao Ministério Público Federal (MPF) que a empresa repassou R$ 700 mil via caixa dois às campanhas de Paulo Hadich, Lusenrique Quintal e Eliseu Daniel dos Santos em 2012. Segundo o delator, a Odebrecht definiu os valores de R$ 200 mil a Eliseu, que concorreu na época pelo DEM e hoje está no PSDB; a Hadich (PSB), R$ 250 mil, eleito naquele ano, e R$ 250 mil a Quintal (PSD). Quanto a Eliseu, o delator, inicialmente, disse que não esteve com ele e que não se lembrava exatamente como foi, apenas do valor da contribuição.

Conforme reportagem já publicada na Gazeta, a Odebrecht tinha, para políticos de todo o Brasil, um Departamento de Operações Estruturadas (considerado pelos investigadores como o departamento da propina).

 

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