Domingos Pereira: 50 anos dedicados à Unicamp em Limeira

Dos 55 anos de fundação, Domingos esteve presente em 50, participando de fatos marcantes da Unicamp

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Nascido em 2 de outubro de 1949 na cidade de Janaúba, norte de Minas Gerais, Domingos Pereira é o terceiro filho de cinco irmãos. Sua mãe, Maria é de origem indígena da tribo dos Tapuias e filha de pretos escravizados. Seu pai, Fernando Pereira, foi adotado por uma família de origem árabe. Em junho de 1972, com o incentivo da professora Ana Carolina Xavier Fernandes foi contratado pela Unicamp como vigia noturno no campus em Limeira. Foi neste ano que iniciou uma jornada de muito aprendizado e dedicação pela educação pública da cidade.

O limeirense de coração faz parte da história do Colégio Técnico de Limeira (COTIL/Unicamp). Dos 55 anos de fundação da Universidade Estadual de Campinas - Limeira, o servidor esteve presente em 50, percorrendo os corredores onde participou de fatos marcantes da Unicamp. No auge dos seus 73 anos, hoje ele é professor ativo de Geografia em uma escola estadual.

Domingos tem uma história de perseverança. O primeiro calçado que ele usou foi aos 16 anos para trabalhar na roça de café na região de Marília. Aos 18 anos, embarcou no trem para Limeira em 1968. Sozinho, seu primeiro emprego na cidade foi como frentista do posto de Orlando Zovico. Em um quartinho no fundo do posto era sua casa. Nesta época, no período da noite, se matriculou no curso do antigo “mobral”, hoje Educação de Jovens e Adultos, que funcionava no salão de festas da Igreja São Benedito. Depois de terminado os estudos básicos, se formou no curso Técnico de Mecânica no Trajano Camargo.

No Cotil, além das suas atividades como servidor, Domingos voluntariamente esteve à frente da associação de funcionários e foi eleito como o primeiro representante dos funcionários no CONSU, (Conselho Universitário responsável pelas tomadas de decisões da Universidade). Ele fez parte da construção de uma política de defesa e afirmação da importância dos servidores das universidades públicas do Brasil.

Além de vigia, atuou como técnico no laboratório de desenho da Faculdade de Engenharia Civil, no laboratório de Mecânica e finalizou sua jornada como professor de Geografia no Colégio Técnico de Limeira. Também atuou diretamente na implementação de cursos no período noturno tanto em nível super como no ensino técnico da Unicamp. Outra luta marcante foi em favor da autonomia financeira da Unicamp. Além do conselho universitário, também participou ativamente no Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp.

Casado com Vera Lúcia Ferreira da Silva Pereira que também trabalha no Colégio Técnico da Limeira (Cotil - Unicamp) tem duas filhas Mani e Mariana e é avô de Rafael Clemente, João Miguel, Rodrigo, Ana Maria e Pedro Emanuel. “Eu acredito que meu pai e a universidade cresceram juntos, um apoiando o outro. Dentro da academia um mundo de possibilidade se abriu diante dele, motivado e muito inteligente ele aproveitou e retribuiu com a sua dedicação”, disse Mani.

 

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