População se mobiliza contra fechamento do Hospital da Criança

Com o objetivo de sensibilizar o Executivo para recuar da decisão de fechar o Centro de Saúde da Criança Dra. Zilda Arns Neumann, conhecido como Hospital da Criança, o deputado estadual Murilo Félix (Podemos) organizou, a pedido de limeirenses, um manifesto em frente ao local. “A atitude de encerrar os serviços neste hospital é um erro muito grave. É fundamental que um dos focos do gestor público esteja na criança, uma vez que ela é a futura geração. Todos sabem que há casos de doenças que, se não forem tratadas a tempo, são irreversíveis. Então, a Prefeitura não pode virar as costas para um serviço que é referência na região. Os atendentes me disseram que mães de diversas cidades vizinhas trazem seus filhos para serem atendidos aqui. Isso porque o atendimento é diferenciado, com médicos e equipamentos específicos para o público infantil, não é o mesmo tipo de atendimento oferecido nas UBSs dos bairros”, diz.

O ato de protesto contou com dezenas de limeirenses que estão indignados com a descentralização do atendimento pediátrico.

O bombeiro Rogério dos Santos Silva, que mora em Limeira há 28 anos, conta que já precisou do atendimento do Centro de Saúde para seus três filhos. “Meus filhos sempre foram bem assistidos aqui. Os limeirenses não podem deixar que feche”, argumenta.

Para Rogério, a população precisa ser mais ativa. “A nossa participação tem que ir além dos votos nas urnas, tem que ser pós-eleição, reivindicando as melhorias necessárias para que a situação em que estamos vivendo realmente mude. Hoje, vejo pouca cobrança da parte dos eleitores e baixo interesse da classe política em trabalhar, de fato, para o povo”, argumenta. “Os políticos têm que entender que seu trabalho é melhorar a vida de toda a população, com olhar diferenciado àquela menos favorecida, não devem trabalhar em favor de grupos específicos ou da minoria. É fundamental que façamos o nosso papel. Vamos cobrar, mostrar que o povo acordou. Limeira é maravilhosa e precisa se desenvolver. Para mim, fechar locais como esse é um retrocesso”,