Criminosos tem como alvos pessoas idosas, que fornecem cartões e senhas bancárias FOTO: Assis Cavalcante
Criminosos se passam por gerente de banco para coletar senha e cartão das vítimas; prejuízos ultrapassam R$ 26 mil
Criminosos estão se passando por funcionários de bancos em ligações telefônicas feitas a moradores de Artur Nogueira para ganhar a confiança das vítimas e assim, praticar golpes. A Delegacia de Polícia Civil da cidade registrou três situações semelhantes em que cada uma das pessoas foi lesada em valores altos (de R$ 1,8 mil a R$ 7 mil) ao colaborar com o criminoso "vazando" informações que levaram aos golpes. Em uma das situações, uma aposentada de 75 anos, que mora no bairro Itamaraty foi lesada em R$ 18 mil após ser convencida pelo golpista a lhe informar a senha de seu cartão bancário ao se passar por gerente do banco. A tática usada foi a mesma nas várias ocorrências registradas: um dos criminosos liga para a vítima se passando por representante do banco onde ela tem conta e alega que alguém em outra cidade realizou compra em seu nome em valor alto (em todos os casos, R$ 1,5 mil) e se prontifica a ajudar a cancelar a suposta compra, solicitando que a vítima lhe forneça seus dados bancários com senha. O golpista recomenda também que o idoso entregue seu cartão bancário a um motoboy que foi enviado para sua casa para que seja cancelado e que a pessoa deve retirar um novo na agência bancária. Nos registros, aparecem outras vítimas, como um aposentado de 74 anos, morador de sítio do bairro Campos Sales, que também foi lesado após fornecer a senha e entregar o cartão a integrante do grupo. No seu extrato, constam diversos débitos de contas que totalizavam R$ 7.868,50. Pela similaridade da história, é provável que o mesmo grupo criminoso tenha praticado o golpe que outra moradora da cidade, uma dona de casa de 64 anos, que mora no bairro Coração Criança: após atender a recomendação do suposto gerente de banco, percebeu saque em sua conta poupança no valor de R$ 1.499,99. Os casos, registrados como estelionato, foram encaminhados ao Setor de Investigações Gerais (SIG) para apuração de autoria, pelo delegado Lúcio Antonio Petrocelli.
Ao digitar código em mensagem
mulher tem WhatsApp clonado
Uma balconista de 37 anos, que reside no bairro Paineiras, em Artur Nogueira teve seu WhatsApp clonado após receber mensagem que ela acreditava ser no suporte do programa de mensagens instantâneas. O texto informava que o aplicativo estava com problemas e que para atualizar o sistema era necessário que ela informasse um código que receberia em seu aparelho. Após ela receber a sequencia de números do WhatsApp, repassou na mensagem. Logo em seguida, o aplicativo travou e ela percebeu que ele havia sido clonado. Em situações como essa, os criminosos enviam mensagens para os contatos do aplicativo clonado se passando pelo dono do celular. Alegam dificuldades e pedem para que transfiram valores para determinadas contas bancárias. (Assis Cavalcante)