Bando ameaçava tirar os olhos de quem devia dinheiro de droga

Operação prendeu acusados foi em agosto, coordenada pelo delegado William Marchi e com apoio do helicóptero Pelicano

Cordeirópolis
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Doze pessoas acusadas de integrarem uma rede de tráfico de entorpecentes, desmantelada pela Polícia Civil de Cordeirópolis em agosto do ano passado, durante a “Operação Leda”, se tornaram réus. O que chama a atenção do caso é a violência usada pelo bando para intimidar quem devia dinheiro para eles.

A operação que rendeu a prisão dos acusados foi coordenada pelo delegado William Marchi e envolveu policiais civis de toda a região, com o apoio do helicóptero Pelicano. Por cinco meses, os policiais monitoraram as ações do grupo e descobriram uma rede de tráfico de entorpecentes que não comercializava a droga apenas pelo meio convencional, ou seja, nas biqueiras. Os integrantes atuavam por meio do Facebook e deram apelido aos entorpecentes: "Leda", que também serviu para nomear a operação.

Antes das prisões, ocorreram interceptações telefônicas e monitoramento das redes sociais, tudo autorizado pela Justiça. As informações colhidas renderam o pedido de 19 mandados de busca e apreensão, além de outros dez mandados de prisão.

São acusados de integrar o bando A.D.S.N., A.G.S., C.F.G.R., E.L.S., J.H.L.L., M.I.C., P.C.O., P.C.O., S.F., W.P.S., W.J.L. e V.D.S.M., que foi preso após a operação, em Santa Gertrudes. Outros sete adolescentes também são investigados de fazer parte do bando.

AMEAÇAS

Nos relatórios da Polícia Civil, acrescentados na denúncia ofertada pelo Ministério Público, os agentes descreveram, com base em depoimento das vítimas, como as ameaças ocorriam. De acordo com testemunhas, os membros do grupo utilizavam-se de métodos violentos e cruéis para intimidação. Pessoas que tinham dívida para com o bando, contraída com o consumo de entorpecentes, eram ameaçadas de morte e o bando afirmava que iria arrancar os olhos dos devedores. Ainda no processo, há relatos de invasões numa residência, “demonstrando total desprezo pela vida humana e garantias individuais”, como foi mencionado.

A denúncia foi recebida pela Justiça, os acusados se tornarão réus e a prisão preventiva de todos foi decretada. Eles aguardam julgamento.

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