Acusados de matar em Cordeirópolis vão a júri no dia 13

Dois homens e uma mulher acusados de participação na trama para matar Fabiana Silva do Carmo, de 19 anos, assassinada com um tiro na cabeça na noite de 31 de dezembro de 2015, em Cordeirópolis, foram pronunciados e vão a júri popular, por decisão da juíza Érica Matos Teixeira Lima, da Vara Única de Cordeirópolis. O julgamento foi agendado para o próximo dia 13, às 9h30.

O crime ocorreu no cruzamento da Rua das Hortênsias com a Avenida Presidente Vargas, no Jardim Eldorado, e, posteriormente, a Polícia Civil da cidade, comandada pelo delegado William Marchi, chegou a relacionar sete pessoas com o crime. Os investigadores descobriram uma verdadeira trama que resultou no homicídio da jovem.

Fabiana, quando adolescente, foi responsabilizada por uma tentativa de homicídio contra a mulher identificada como S.C.M.. Depois que a jovem deixou a Fundação Casa, conforme apuração policial, S. passou a organizar a execução de Fabiana e, para isso, teria contratado um rapaz que, na época, não foi identificado, além do réu A.C.A e um outro homem, tendo fornecido inclusive a arma de fogo.

No dia do crime, o terceiro réu, R.M.S., convenceu a jovem a ir até o local do crime e A. teria levado o autor dos disparos até o mesmo endereço, numa motocicleta.

Os policiais descobriram que, durante os disparos, A. soltou rojões para que os estampidos não chamassem a atenção de populares. Após o homicídio, a arma e a motocicleta usadas teriam sido levadas para outra pessoa, que ficou encarregada em escondê-las.

De acordo com os policiais, após o crime, uma faca foi colocada na cintura da vítima e socorro foi acionado. O objetivo era atrapalhar os trabalhos de investigação do crime. 

No relatório policial, os investigadores mencionaram que as diligências para identificar os envolvidos no crime contaram com interceptações e quebras de sigilo autorizadas judicialmente. Eles constataram que o crime foi cometido devido à disputa por pontos de tráfico da cidade e vingança.

A ACUSAÇÃO

O Ministério Público de Cordeirópolis acusou os envolvidos por homicídio com duas qualificadoras: motivo torpe e mediante emboscada. O trio também é acusado de agir com concurso de pessoas e associação criminosa. A. e R. Foram presos, mas S. está foragida.

A pronúncia já tinha sido julgada e teve decisão desfavorável aos réus. A defesa, porém, recorreu ao Tribunal de Justiça, mas os acusados desistiram dos recursos e a decisão de primeira instância foi transitada em julgada.

Agora, os acusados vão a júri popular, que ocorrerá na Câmara Municipal do Município.