Cia dos Náufragos encena o musical infantil em Cordeirópolis

Inspirado no livro homônimo do multiartista uruguaio Rafael Curci, espetáculo será encenado nesta sexta-feira (29), às 13h e às 19h

Cordeirópolis
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Mergulhado em tom de realismo fantástico, recontado em cena a partir da multilinguagem cênica, com música, máscara e teatro de bonecos, a premiada Cia. dos Náufragos, de Campinas, encena o seu mais novo espetáculo: o musical infantil Maria da Luz, em cartaz nesta sexta-feira (29), às 13h e às 19h, no Centro Cultural Ataliba Barrocas, em Cordeirópolis. A entrada é franca.

 

O musical infantil Maria da Luz nasceu do fascínio do grupo pelo livro homônimo assinado pelo autor e multiartista uruguaio Rafael Curci, com ilustrações de Ana Muriel. Por sinal, a obra integra a coletânea As Três Marias, uma trilogia de contos breves situados em diferentes povoados da América Latina.

 

Para Moacir Ferraz, diretor da montagem, o encontro foi amor à primeira leitura. "De cara, dois temas que vimos no texto original nos chamaram a atenção: o nascimento de uma criança como força renovadora da vida e o embate entre um modo de viver mais simples, em comunhão com a natureza, versus a versão moderna de existência baseada no modelo de consumo capitalista", destaca o diretor.

 

Para conhecer a narrativa, o espectador precisará viajar até um vilarejo longínquo chamado Tokonar. Nesse local de escuridão, isolado entre as montanhas das cordilheiras, nasce uma menina com um dom muito peculiar: o de emanar luz pelos olhos. Com a falta de iluminação e o desarranjo de uma promessa de eletricidade, somente a luz de uma criança é a esperança para a sobrevivência da comunidade.

 

E como trazer Maria da Luz à luz dos holofotes? A resposta é de puro encantamento. Destaque aos atores-músicos Cristiane Taguchi, Esteban Alvarez, Miguel Damha e Renan Villela, que dão vida a oito personagens para lá de fantásticos e misteriosos.

 

Os destaques

 

Construídas pelo artista Lu Antunes, de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, as máscaras do espetáculo são o passaporte para o universo fabuloso. "A máscara é um instrumento ancestral ligado às origens do próprio teatro. No caso de nossa peça, ela auxilia a trazer o elemento fantástico que ronda o vilarejo de Tokonar, pois os habitantes não são pessoas comuns, como os espectadores vão comprovar", conta o ator Miguel Damha.

 

Já a trilha sonora original, assinada pelo trio Esteban Alvarez, Renan Villela e Bruno Cabral, é executada ao vivo a partir da sonoridade de inúmeros instrumentos, entre os quais o charango (pequeno instrumento de cordas andino), que se torna fio condutor da narrativa. "A cultura andina é uma grande influência para o espetáculo. Além de inspirar a música, ela permeou a costura dos figurinos, que recriam os trajes tradicionais dos povos andinos, e a construção dos cenários, que contam com estruturas dinâmicas e luminosas", destaca a atriz Cristiane Taguchi.

 

E qual luz de esperança o espetáculo traz aos pequenos e grandes espectadores? A Cia. dos Náufragos permite alguns spoilers: a importância das crianças no coletivo, a harmonia de se viver em comunidade, o respeito à natureza e o fim das intolerâncias. Só isso? Cristiane Taguchi acrescenta mais algumas: "Gostaria que o público tivesse uma experiência divertida e emocionante, e que ela contribuísse, de alguma forma, com a construção de uma sociedade mais simples e feliz."

 

 

Com assessoria

Foto: Marcel Vecchia

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