inquérito policial vai apurar causas de incêndio

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Segundo oficial do Corpo de Bombeiros, paredes que restaram não oferecem resistência após exposição à alta temperatura e devem ser removidas

 

 

 

 

A Polícia Civil de Limeira depende de laudo técnico a ser emitido pelo Instituto de Criminalística (IC) de Americana para apurar as causas do incêndio que na tarde deste domingo, 12, destruiu o Mercado Modelo (Mercadão) de Limeira.
O delegado Francisco Paulo Oliveira Lima, titular do 1º DP é responsável pelo inquérito policial, que ele mesmo instaurou, a partir do Boletim de Ocorrência número 1209/2020, registrado no plantão policial ainda na tarde de domingo.
O delegado explicou que a vistoria no local do incêndio (realizada no fim da tarde de ontem) só ocorreria quando o fogo estiver considerado completamente extinto. A perícia é feita por um perito criminal com formação em engenharia civil e elétrica.
Segundo o dr. Francisco, é norma que a perícia trabalhe em ambiente que não coloque em risco a vida de ninguém. Enquanto isso não acontecia, todo o complexo permaneceu preservado, com interdição a cargo da Defesa Civil de Limeira.
O IC tem prazo de 30 dias para encaminhar o laudo para a delegacia, mas pode pedir prorrogação de prazo por mais 30 dias, se houver necessidade. Dos 127 boxes existentes, apenas seis não foram queimados, mas sofreram a ação do calor e fumaça.
O tenente Erik Dias Fernandes, comandante do 16º Grupamento de Bombeiros de Limeira, que também coordenou os trabalhos de combate ao incêndio disse que o rescaldo foi finalizado por completo exatamente às 13h desta segunda-feira.
Ele explicou que embora o fogo tenha sido extinto à noite, o rescaldo prosseguiu pela madrugada. Pela manhã, foram observados reignições em pontos de material pesado. "Por isso, removemos o material e deixamos o local acessível", disse.
O oficial explicou que o trabalho realizado pela manhã tinha como objetivo deixar o local o mais seguro possível para os peritos que ali vão trabalhar. Ele emitirá agora o Relatório de Pesquisa de Sinistro, constando pormenores da ação de combate ao incêndio.
O comandante fez questão de explicar que no momento de combate ao fogo, foi realizado o procedimento de isolar o incêndio, para que ele não se alastrasse mais ainda e atingisse imóveis próximos. "Com isso, danos maiores foram evitados", falou.

 

 

Vistoria no "Mercadão"
ocorreu no ano passado

 

O Mercado Modelo de Limeira tem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) realizada em 2018, válido por três anos - até 19 de agosto de 2021. A visita técnica avaliou condições dos equipamentos de segurança, entre outros aspectos. O AVCB é emitido para o Mercadão como um todo, e não para cada uma das lojas, segundo Tenente Erik Fernandes, comandante do Corpo de Bombeiros local. "Devido ao incêndio, não há condições de avaliar extintores e demais equipamentos, que se perderam", explicou. O Mercado estava vazio, com apenas três funcionários da limpeza. O oficial avalia que o fogo não teria ganhado a dimensão que teve se no início, tivesse a interferência de brigadistas. (AC)

 

 

Paredes oferecem risco,
segundo os Bombeiros

Embora caiba à engenharia da Defesa Civil avaliar se as paredes que permaneceram em pé oferecem risco, o tenente Erik Dias Fernandes, comandante do Corpo de Bombeiros de Limeira adiantou que elas não poderão mais ser utilizadas. "Depois do incêndio, expostas à alta temperatura e água, elas ficam com a estrutura fraca e podem cair", explicou. "No nosso entendimento, as paredes podem cair e devem ser removidas, como tudo que restou no local", disse. Ele incluiu na sua estimativa também as paredes externas, que aparentemente resistiram ao sinistro. O parecer do oficial, tecnicamente, derruba as possibilidades de aproveitamento das estruturas, que pela aparência dão falsa sensação de segurança. (AC)

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