MP reitera parecer favorável à remoção de capivaras

Decisão sobre a permanência dos animais será dada pela Justiça. Foto: JB Anthero/ Arquivo Gazeta

Local
Ferramentas
TIPOGRAFIA

Animais ficam no Parque Ecológico do Jardim do Lago; caso segue agora para decisão do juiz

O promotor de Justiça Rafael Augusto Pressuto reiterou o parecer favorável à remoção de capivaras no Parque Ecológico do Jardim do Lago, conforme pedido da Associação de Moradores do Jardim Aeroporto e região, feito à Justiça, em 2018. Na época, o vereador Marcelo Rossi (PSD) visitou o local, protocolou requerimento na Câmara Municipal e sugeriu a ação.

No documento, juntado ao processo no último dia 21, o promotor acatou os argumentos dos moradores que reforçaram a necessidade de preservação da saúde coletiva, embora a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente tenham considerado a remoção inviável. “Apesar de os órgãos alegarem que outros grupos de animais poderão surgir no local, o promotor concordou com a necessidade de preservação da vida humana. A Prefeitura, bem como outros departamentos, deveria adotar medidas preventivas”, opina Marcelo. O caso segue agora para decisão do juiz.

Em julho de 2018, Rossi visitou o parque e fez um requerimento com pedido de providências à Prefeitura. No mês seguinte, voltou e encontrou um cenário que exigiu soma de forças com a população, além do instrumento legislativo. O vereador insistiu na necessidade do equilíbrio racional entre o meio ambiente e o desenvolvimento, porém ressaltou a importância de preservar a vida, transferindo os animais para um local mais viável. “Além do risco de transmissão de febre maculosa pelo carrapato-estrela, também nos atentamos às condições das capivaras. Pelo menos três animais estavam machucados”.

O vereador realizou, na ocasião, uma enquete com duas mil participações e 77% pediram a remoção dos animais. Uma moradora alegou que os animais estavam sendo encontrados nas calçadas das residências, e pediu que as autoridades não esperassem acontecer fatalidades para tomar medidas mais drásticas. Ainda na época, em toda a região de Campinas, 54% dos casos de febre maculosa resultaram em morte: das 35 pessoas contaminadas pela doença, 19 não sobreviveram. Em Limeira já havia dois casos com desfecho fatal, quando o pedido foi feito.

Em sua última manifestação no processo, a associação de moradores pontuou que a própria Secretaria Estadual de Meio Ambiente se manifesta no sentido de que medidas de manejo devem ser tratadas com prioridade para controle do vetor, “o que não vem acontecendo, vez que o pedido para realização de sorologia nas capivaras foi solicitado em 2017 e, até a presente data, não há nos autos qualquer documento que comprove quando tal procedimento será, de fato, realizado”.

Inscreva-se gratuitamente para receber em primeira mão todas as novidades.
No Internet Connection