De 4,8 mil árvores analisadas, quase metade foi substituída

Tomógrafo realiza uma ultrassonografia da parte interna da árvore

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Avaliação das espécies é feita por técnicos que usam o tomógrafo para verificar estado fitossanitário

Pedidos de remoção de árvores em Limeira são frequentes, mas muitas vezes não há riscos. Para requerer a retirada de uma árvore, o munícipe deve ir pessoalmente na Prefeitura para protocolar o pedido, que será avaliado pelos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura.

Segundo dados do Departamento do Licenciamento, Fiscalização e Áreas Verdes, 4,8 mil árvores passaram por diagnóstico de 2017 até o dia 23 de maio deste ano. Deste total, 2.371 foram substituídas ou removidas. "As bases das árvores estavam comprometidas e, por isso, foram retiradas. Todas passaram por avaliação do tomógrafo, que identifica o estado fitossanitário da planta", explica o diretor Rogério Mesquita.

Segundo ele, o equipamento realiza uma ultrassonografia da parte interna da planta e, posteriormente, é realizada a interpretação das imagens e emitido o laudo técnico assinado por um profissional da área.

O procedimento para remoção demanda tempo, o que muitas vezes, o munícipe não compreende, mas o diretor comenta que hoje a população entende mais o processo. "Com este melhor entendimento, principalmente de que é necessário registrar o pedido e ir à Prefeitura, tem aumentado a demanda. O prazo é, em média, de 15 dias", diz. Ele ressalta que o munícipe recebe um aviso quando a equipe esteve no local e outro com a finalização do processo.

Das árvores retiradas, a maioria tem mais de 30 anos. "São espécies que têm dado problemas, como o ficus, sibipiruna e ligustro", salienta.

Em outubro do ano passado, o censo arbóreo, recentemente concluído, identificou que o estado geral de quase 90% das árvores era considerado ótimo (39%) e bom (50%). Além disso, em 68% dos casos, não havia conflitos com estruturas urbanas, como calçadas e fiação elétrica. Do total, 32% foram identificadas com conflitos e, além de danos em calçadas e fiação elétrica, há árvores que ocultavam placas. O censo foi finalizado e a secretaria divulgará balanço do estudo com indicadores do estado fitossanitário dos exemplares arbóreos existentes na cidade.

"A demanda aumentou, mas a eficiência melhorou. A legislação de arborização urbana municipal veio para ajudar nos critérios técnicos e na execução dos serviços", afirma.

De acordo com a lei, a solicitação deve ser feita via requerimento dirigido à secretaria e assinado pelo proprietário do imóvel, ou representante legal. Também é preciso apresentar outras informações, como a cópia atualizada do título de propriedade do imóvel e dos documentos pessoais do requerente; comprovante de adimplência do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e caso o proprietário seja representado por procurador, o original do instrumento público de mandato. Toda a documentação deve ser entregue no balcão da Divisão de Protocolo da Prefeitura. Todos os pedidos são analisados pelos técnicos do departamento.

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