Poeta limeirense lança "Trajetória", seu 12º livro

"Trajetória" traz um pouco das percepções e sentimentos do poeta ao longo de sua vida FOTO: Divulgação

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O crítico literário e músico americano Ezra Pound (1885-1972) um dia escreveu que "o poeta é a antena da raça!", com uma simbologia que pode ser interpretada de diferentes maneiras, mas que sintetiza o pensamento daqueles que conseguem ver o Mundo de forma diferente dos demais seres humanos.
E o limeirense Mário José Campos tem esse olhar. O olhar de poeta. E ele teve inspiração para isso: "O Dr. Olindo De Luca me olhou com aquele olhar sisudo quando entrei em seu consultório, em 1989. Eu trazia na mão um caderno espiral com todas as anotações que fazia: pensamentos que eu passava para o papel e, erroneamente pensava que conseguia esconder da minha família!
Ele pediu-me que me sentasse em uma cadeira diante dele, quando expliquei o motivo angustiante que me levara até ali:
Tencionava tornar-me um Escritor, assim como ele. Havia lido seu livro de crônicas "Saudade, Quanta Saudade".
Acreditava que poderia ser, mas não tinha certeza...
Criei coragem e, por fim, estava ali, diante dele!
Ajeitou seus óculos e iniciou a leitura.
A cada piscar de seus olhos, meu coração se sobressaltava numa expectativa mista de riso e dor:
"Qual seria o seu veredicto?"
Pensava eu.
"O que o Dr. Olindo diria para mim, após ler aquelas minhas mal traçadas letras?"
Passado algum tempo, que para mim, pareceu uma eternidade, ele deixou o caderno na mesa e olhou fixamente para mim.
Enfim, chegara o momento do veredicto final!
No entanto, a primeira frase que proferiu, deixou-me próximo ao mais angustiante abismo da ignorância, pois eu não a compreendi.
"O sr. está estudando Medicina?" perguntou-me.
"Não." respondi, sobressaltado.
"E porquê cargas d'água achou que eu deveria ler este caderno cheio de "garranchos"?
Naquele instante eu me senti o mais imprestável dos homens!
Acabara ali minha ilusória fantasia de ser um escritor. Vou deixar o caderno ali mesmo, sobre sua mesa, ou melhor; vou levá-lo comigo e atirar no primeiro amontoado de lixo que encontrar, eu pensei.
Mas as palavras do Dr. em seguida, foram acolhedoras para o meu coração:
"Você tem a veia trágica dos grandes poetas que falam de amor sentindo dores!"
Assim, incentivado que fui por este Grande Homem das Letras, editei meu primeiro livro, "Absurdo", em 1992.
Hoje, 28 anos depois, eu tenho a honra de apresentar-lhes minha décima segunda obra!"
A nova obra, que acaba de ser lançada chama-se "Trajetória" (Gráfica Expressão Nova/60 páginas). Mário coloca no papel e na cabeça de quem lê um pouco dos 54 anos de sua existência e das percepções de sua vida.
A obra pode ser adquirida na Banca IV Centenário (Praça Toledo Barros) e loja Lu Baila Calçados (Rua Dr Trajano, 981), que também arrecada Panetones para o "Cantinho do Vovô", iniciativa do poeta, que também disponibiliza outra obra sua, " O Poeta do Absurdo " com renda 100% para a instituição.

 

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