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Setor continua sendo afetado pela crise global de abastecimento de componentes para a produção industrial

A venda de veículos automotores novos caiu 17,07% em outubro em comparação ao mesmo mês do ano passado. No mês passado, foram licenciadas 276.033 unidades, ante 332.852 vendidas em outubro de 2020. Os dados, divulgado ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), leva em conta todos os segmentos automotivos, exceto tratores e máquinas agrícolas.

Com um dia útil a menos em relação ao mês de setembro, outubro deste ano (20 dias) registrou queda de 1,78% nos emplacamentos de veículos.

No acumulado do ano, de janeiro a outubro de 2021, as vendas tiveram aumento de 16,15% sobre o mesmo período do ano passado. Foram 2.863.349 unidades licenciadas, contra 2.465.260 vendidas no mesmo período de 2020.

O setor, em geral, continua sendo afetado pela crise global de abastecimento de componentes para a produção industrial. O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, diz que os emplacamentos de todos os segmentos automotivos vêm oscilando, de acordo com o fluxo de produção. “A demanda se mantêm alta, por parte do consumidor, mas há segmentos em que a espera por um veículo pode levar meses, em função dos baixos estoques das concessionárias, que não estão conseguindo ter todos os pedidos atendidos pelas fábricas, devido à falta de insumos e componentes”, observa.

O presidente ressalta que espera pela normalização da produção, mas acredita que isso só ocorra em meados de 2022, na melhor das hipóteses.

LOCAL

Segundo dados da Fenabrave, em Limeira foram emplacados 580 veículos. Do total, 274 são somente de motocicleta. No segmento de auto, foram 239 emplacamentos, comercial leve, 35, e caminhão, 32. No acumulado deste, são 4.660 novos veículos vendidos.

A procura maior hoje é pelos seminovos, que tiveram valorização. O momento é bom para quem quer vender e comprar, dizem os comerciantes do setor.

De acordo com a pesquisa da Autoinforme, o modelo hatch compacto da Hyundai, depois de um ano de uso, valorizou 17,2%. O carro foi o campeão da 8ª edição do Selo Maior Valor de Revenda – Autos. O modelo sedan da marca também teve valorização de 15,7%.

Em ano atípico, com falta de veículos zero km provocada por desabastecimento de insumos, os seminovos apresentaram forte valorização. (Com Agência Brasil) 

Divulgação/Mercedes-Benz

Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis (CTVI) deve ficar pronto em 2022 e atividades começam no 1º semestre

Parceria firmada entre a Mercedes-Benz e a Bosch investe R$ 94 milhões na expansão do Campo de Provas da empresa alemã, que fica em Iracemápolis. A pista de testes é a maior do hemisfério Sul e o mais avançado e tecnológico do país no setor de veículos. As obras iniciaram em agosto e a expectativa que o Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis (CTVI) esteja pronto para dar início às atividades no primeiro semestre de 2022.

Com a ampliação, além de testes para caminhões e ônibus, já disponíveis, também serão oferecidos, para empresas terceiras, testes para automóveis, comerciais leves e máquinas agrícolas.

O gestor da construção e operação do CTVI, Andreas Hueller, e o engenheiro de Desenvolvimento de Produto Jonathan Marxen, receberam a imprensa, na última sexta-feira, para apresentar as obras do campo de teste e o novo caminhão da marca, o Novo Actros, que possui alta tecnologia e é o único que freia sozinho quando identifica pedestres à sua frente. O lançamento dessa nova família de caminhões extrapesados da marca foi realizado no próprio Campo de Provas de Iracemápolis.

 

 

Segundo Andreas, o modelo de negócio criado com a parceria é inovador. “Não só Iracemápolis se beneficia, mas toda região, contato que está próximo de rodovias importantes”, disse.

O Campo de Provas foi inaugurado em 2018 e alcançou um importante resultado no final do 1º semestre deste ano. Mesmo em cenário da pandemia da Covid-19, já foram registradas no local mais de 70 locações da Pista de Acústica desde abril de 2019, quando foi realizada a primeira locação. Este volume envolve mais de 330 testes para quase 30 marcas do setor automobilístico.

A PISTA

O novo Centro de Testes, quando finalizado, contemplará pistas para avaliações de segurança veicular, eficiência energética e novas tecnologias de assistência ao condutor, e será oferecido também para outros fabricantes de veículos, sistemistas, autopeças e demais empresas e públicos do setor automotivo realizarem seus testes. Neste contexto, serão disponibilizados boxes de oficina de protótipos e escritórios individuais, a fim de assegurar privacidade e confidencialidade para todos os usuários e projetos.

Conforme Jonathan, a pista de testes será aberta a todos mercado nacional. “Toda as marcas poderão se beneficiar dessa estrutura. É também uma forma de contribui para o desenvolvimento da indústria”, afirma.

 

Agência IBGE Notícias

Mesmo com o impacto do clima no preço dos alimentos, índice calculado pela APAS/FIPE apontou redução de 0,51%

A inflação de 1,53% registrada no mês de setembro pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Apas/Fipe, aponta desaceleração de 0,51%, no comparativo com o mês de agosto (2,04%). O acumulado de janeiro a setembro é de 7,82%. O índice sugere ser o primeiro efeito da última reunião do Copom, que elevou a taxa básica de juros em 1% – resultando também na desaceleração no IGP-M e no IPCA.

Em agosto, o acumulado dos últimos 12 meses foi de 15,30%, já em setembro esse número ficou em 14,50%. Mesmo com a melhora, a análise da Associação Paulista de Supermercados alerta que os estresses provocados pelas demandas internacionais e as abruptas mudanças climáticas enfrentadas pelo Brasil ainda causam pressões inflacionárias para a cadeia produtiva.

O impacto da mudança climática refletiu diretamente nos produtos hortifrutigranjeiros, que são mais sensíveis às intempéries, e por isso obtiveram alta de 2,78% em setembro, fazendo com que no acumulado do ano a deflação seja de 0,99%.

As geadas de julho, além de prejudicarem os produtos que estavam em fase de colheita, também afetaram as plantas que estavam em processo de floração ou maturação, como são os casos de algumas frutas e legumes.

FRUTAS E LEGUMES

A cesta de frutas apresentou alta de 5,56% no mês de setembro, puxando a deflação para o ano em 5,64%. As geadas prejudicaram principalmente culturas como mamão e laranja, que tiveram altas respectivas de 19,93% e 11,48% em setembro.

No mês passado, a alta nos preços dos legumes foi de 7,11%, elevando o acumulado do ano para 25,19%. O tomate, produto sensível às variações climáticas, teve seu amadurecimento comprometido nos últimos 3 meses pela variação das baixas temperaturas e do clima seco, o que resultou na diminuição da oferta do produto e fez a alta do produto chegar a 26,92% no mês, fazendo com que o produto saísse da deflação no acumulado do ano e fechasse com alta de 22,94%.

“É necessário pensarmos em políticas públicas que favoreçam a baixa emissão de carbono, pois as abruptas variações climáticas estão cada vez mais recorrentes e isto compromete a sazonalidade dos produtos, altera a oferta e a demanda, eleva os preços dos alimentos e coloca em risco a segurança alimentar de parte da sociedade, principalmente da população de baixa renda”, alerta o presidente da Apas, Ronaldo dos Santos.

INDUSTRIALIZADOS

Boa opção dentre as proteínas animais, os cortes suínos apontam deflação de 6,14% no acumulado do ano, mesmo com leve alta de 0,66% em setembro que foi motivada pelo aumento nas exportações do produto – a performance de setembro de 2021 foi 29,7% superior no comparado com 2020.

Os preços dos produtos industrializados apresentaram alta de 1,61% em setembro, chegando a 10,79% no acumulado do ano. Parte dessa elevação decorre da alta na cesta dos panificados, derivados do leite e massas, juntamente com os alimentos prontos. A cesta das massas, farinhas e féculas, apresentou elevação de 9,36% no acumulado do ano. Dentre os produtos industrializados, a cesta dos derivados do leite é a que representa o maior peso e foi a responsável por essa elevação. Os produtos derivados do leite registraram alta de 2,74% em setembro, totalizando 13,71% no acumulado do ano. A margarina foi a vilã deste nicho, que apenas em setembro inflacionou 6,98% e chegou a 24,45% no acumulado do ano. Embora o contexto de consumo de leite retraído e preços internacionais favoráveis para a importação de leite em pó, a alta veio do campo, uma vez que o clima prejudicou a pastagem e o produtor tem sido pressionado pelo alto custo da produção.

BEBIDAS

As bebidas alcoólicas registraram deflação de 0,32% no mês, somando uma redução de 4,81% nos últimos 12 meses. A aguardente foi a vilã que barrou uma queda maior, subindo 1,97% em setembro. Em contrapartida, as bebidas não alcoólicas tiveram alta de 1,42% em setembro (5,04%, no acumulado do ano). Entre os principais produtos da cesta que contribuíram para essa elevação destacam-se as bebidas à base de soja (0,83%) e refrigerantes (2,00%), que apresentaram no acumulado de janeiro a setembro elevação de 4,42% e 7,68%, respectivamente.

Os preços dos produtos de limpeza no mês de setembro apresentaram inflação de 1,55%, e no acumulado do ano registram alta de 7,49%. Os artigos de higiene e beleza apontam alta de 0,92% em setembro, no acumulado do ano 6,36% e nos últimos 12 meses 7,72%, impactados pela elevação em setembro pelos preços do sabonete 1,28% e fralda descartável 3,06%.

Centro Administrativo e de distribuição das Lojas CEM: dois depósitos com 116.600 m² cada um (Divulgação)

A rede comercial de móveis e de eletrodomésticos Lojas CEM acaba de conquistar, pela quarta vez, o Prêmio Valor 1000, como a melhor empresa de varejo do Brasil. O ranking, cuidadosamente elaborado pelo jornal Valor Econômico, da Globo, classifica as 1.000 maiores empresas brasileiras de todos os setores econômicos e aponta as campeãs de cada setor, mediante critérios homologados pela Faculdade de Administração de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e análises da Serasa Experian.

A conquista das Lojas CEM se deu, não pelo seu faturamento ou lucro, mas pelo melhor desempenho da empresa em todas as áreas. A publicação anual estuda cuidadosamente os balanços apresentados pelas empresas, comparando o desempenho das companhias. A edição deste ano tem por base os balanços de 2020, ano do início da pandemia da Covid-19. Nessa ocasião, as Lojas CEM, que ainda não vendem pela internet, permaneceram por cerca de 70 dias com todas as suas filiais fechadas em razão das medidas de combate ao coronavírus.

Mesmo assim, a rede manteve todos os seus mais de 11 mil funcionários empregados, continuou pagando a todos (inclusive seus fornecedores) rigorosamente em dia, deu tranquilidade aos clientes, abolindo os juros sobre as prestações vencidas no período de fechamento das lojas e seguiu ampliando seu Centro de Distribuição, construindo e inaugurando novas filiais. Com essas medidas, que bem demonstram a força da empresa, as Lojas CEM mantiveram índices de faturamento e de rentabilidade equivalentes ao do ano anterior e garantiram mais uma vez a conquista do prêmio, que já tinham vencido por três vezes em anos anteriores: em 2005, 2012 e 2013.

Em 2021, as Lojas CEM continuam crescendo ainda mais, inaugurando novas filiais. A empresa, que está finalizando as obras de seu Depósito 2, recentemente abriu duas filiais em Campinas e inaugurou sua segunda loja em Limeira. No próximo dia 25, a rede inaugura mais uma filial no Rio de Janeiro, no município de Miguel Pereira, com a presença do governador do Estado, Cláudio Castro.

Em cada cidade onde se instalam, as Lojas CEM criam cerca de 40 empregos diretos, contribuem com o desenvolvimento elevando a arrecadação de impostos, fortalecem o comércio local e oferecem novas opções de consumo à população. Além dos preços baixos, o crediário é próprio, pelo tradicional “Carnezinho”, feito e aprovado nas filiais da rede, sem taxas de abertura de crédito, emissão de boletos ou anuidade.

CRITÉRIOS

Para definir as empresas campeãs de cada um dos 26 setores da economia, foram analisados oito critérios: receita líquida, margem ebitda, rentabilidade, margem da atividade, liquidez corrente, giro do ativo, cobertura de juros e crescimento sustentável.

Classificação final do setor de comércio varejista: 1º Lojas CEM (38 pontos); 2º Assaí (35 pontos); 3º Lojas Koerich (31pontos); 4º Havan (28,5 pontos); 5º Grupo Carrefour Brasil (28 pontos); 6º Casa Granado (23 pontos); 7º GPA (22,5 pontos); 8º Lojas Colombo (17,5 pontos); 9º   Magazine Luiza (17,5 pontos); e 10º Lojas Renner (17 pontos). Fonte: Valor 1000 – Edição 2021 (Valor Econômico – Setembro 2021).

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Associação Paulista de Supermercados diz que expectativa é contratação de mais 20 mil pessoas para o setor

O setor supermercadista do Estado de São Paulo abriu 12.193 novos postos de trabalho entre janeiro a agosto deste ano. O número representa 46% de todos os empregos abertos no comércio durante 2021.

Segundo análise feita pela Associação Paulista de Supermercados (Apas ), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor supermercadista do estado atualmente emprega 579.138 pessoas. O cenário de empregabilidade no comércio paulista indica 116.073 admissões e 89.822 desligamentos, saldo de 26.251 novas posições no acumulado do ano.

O presidente da Apas, Ronaldo dos Santos, comenta que, tradicionalmente, as contratações do setor supermercadista, como do comércio de um modo geral, aquecem no fim de ano. O motivo são as contratações temporárias. “Até o fim do ano, a expectativa do setor é que sejam contratadas mais 20 mil pessoas para trabalhar nos supermercados. Boa parte, é claro, com chances reais de efetivação”, avalia.

O setor vem registrando crescimento. No ano passado, o número de contratações aumentou, pois foi um dos setores que pode funcionar durante o período de fechamento do comércio.

LOCAL

Em Limeira, dados do Caged do mês de agosto apontam a criação de 177 postos de trabalho no comércio em geral. Se considerar o comércio varejista foram 149 empregos com carteira assinada; e 55 postos somente no varejo de produtos alimentícios, bebidas e fumo.

PROJEÇÕES

A Apas realizará na próxima sexta-feira, dia 22, o evento Cenários 2022, que irá reunir importantes nomes da política, da economia, do setor supermercadista e da indústria para discutir as perspectivas do setor de varejo alimentar para o próximo ano. Entre os convidados confirmados o ex-presidente da república, Michel Temer, que fará uma palestra.

O evento será híbrido, com a expectativa de reunir um grupo seleto de convidados presenciais e 3 mil inscritos via plataforma streaming. A transmissão será feita diretamente do Espaço Apas, em São Paulo, no período das 9h às 12h. As inscrições para participar de forma on-line podem ser feitas pelo site www.cenarios2022.com.br.

 

Rodrigo Souza

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) transfere R$ 573,61 milhões em repasses de ICMS aos 645 municípios paulistas. O depósito realizado pela secretaria é referente ao montante arrecadado de 4 a 8 de outubro.

Neste mês, a estimativa é transferir às prefeituras o total de R$ 3,21 bilhões em repasses de ICMS. Conforme a pasta, Limeira deve receber o montante de R$ 3,8 milhões. Das cidades da região, Cordeirópolis tem o maior valor de R$ 1,1 milhão. Iracemápolis recebe repasse de R$ 375,8 mil; Artur Nogueira, R$ 356,3 mil; e Engenheiro Coelho, 222,6 mil.

Os depósitos semanais são realizados sempre até o segundo dia útil de cada semana, conforme prevê a lei complementar nº 63, de 11/01/1990. Os valores correspondem a 25% da arrecadação do imposto, que são distribuídos às administrações municipais com base na aplicação do Índice de Participação dos Municípios (IPM) definido para cada cidade.

 

Gazeta de Limeira

As vendas do comércio nacional tiveram alta de 2,3% na semana de comemoração do Dia das Crianças deste ano (05/10 a 11/10), em comparação a igual período de 2020. De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, quando considerado apenas o final de semana (09/10 a 11/10), houve expansão de 1,1%.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é preciso levar em consideração a baixa registrada em 2020. “O tombo do ano anterior, marcado pelas restrições de funcionamento do varejo devido a pandemia no país, fez com que o crescimento de 2,3% significasse apenas uma recuperação parcial da atividade do comércio”.

Ainda assim, o crescimento não foi maior do que os apontados no Dia das Mães (6,0%), Dia dos Namorados (13,7%) e Dia dos Pais (6,2%). Rabi também explica que “isso se deve a instabilidade econômica causada pelo aumento da inflação, dos juros e da redução dos auxílios governamentais, que influenciaram a redução dos gastos não essenciais com o passar dos meses.

Alerrandre Barros/Agência IBGE Notícias

Seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico

O impacto da pandemia nos setores, alta da inflação e desemprego influenciou no poder de compra dos consumidores. Os setores vêm sentindo uma boa retomada da economia, mas ainda nada que alcance patamares anteriores à pandemia.

Dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados ontem pelo IBGE, apontam recuo de 3,1% no volume de vendas do comércio varejista no país em agosto, no comparativo com o mês anterior (2,7%). Mais da metade das atividades caíram no período.

De acordo com o levantamento, seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em agosto, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,0%), que teve a principal influência negativa sobre o indicador do comércio varejista. Essa atividade é composta, por exemplo, pelas grandes lojas de departamento.

O gerente da PMC, Cristiano Santos, explica que o setor sofreu bastante no início da pandemia, mas se reinventou com a criação de estratégias de vendas pela internet. “Isso culminou com crescimentos expressivos, principalmente em julho [19,1%] com o lançamento das plataformas de marketplace. Com muitos descontos, o consumidor antecipou o consumo em julho, fazendo com que o mês de agosto registrasse uma queda grande de 16,0%. Esse recuo, contudo, não é suficiente para retirar os ganhos dos quatro meses anteriores”, observa.

Em Limeira, o comércio está mais otimista com neste segundo semestres para o aumento das vendas, principalmente com a proximidade das festas de fim de ano. Nesta época, a movimentação para compra de presentes é maior. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Limeira (Acil), José Mário Bozza Gazetta, já havia dito que a expectativa é positiva. Ele comentou que a vacina foi importante para voltar as atividades. “As pessoas, aos poucos, vão retomando as atividades e as compras no comércio. Durante o isolamento, as pessoas deixaram de consumir. Agora a expectativa é de melhora”, afirmou.

AINDA NEGATIVO

A pesquisa ainda aponta outros setores que tiveram queda no período: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,7%), combustíveis e lubrificantes (-2,4%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,0%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%).

O gerente pontua que hiper e supermercados, assim como combustíveis e lubrificantes, vêm sendo impactados pela escalada da inflação nos últimos meses, o que diminui o ímpeto de consumo das famílias e empresas. “A receita nominal de hiper e supermercados ficou perto de zero [0,3%] e a de combustíveis recuou 0,7%. Houve efetivamente um gasto menor das famílias na passagem de julho para agosto”, acrescenta.

POSITIVO

Duas atividades tiveram variação positiva no volume de vendas em agosto: tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,2%).

Agência Brasil

Mensagens de celular avisam sobre necessidade de devolução do valor recebido indevidamente

O Ministério da Cidadania notificou, até ontem, 650 mil pessoas a devolver, voluntariamente, os recursos recebidos por meio do auxílio emergencial, programa que atende pessoas em situação de vulnerabilidade, afetadas pela pandemia de covid-19.

As mensagens de celular, tipo SMS, são enviadas desde segunda-feira pelos números 28041 ou 28042. “Qualquer SMS enviado de números diferentes desses, com este intuito, deve ser desconsiderado”, alertou o ministério.

De acordo com a pasta, as mensagens são para trabalhadores que receberam recursos de forma indevida por não se enquadrarem nos critérios de elegibilidade do programa ou que, ao declarar o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), já geraram documento de arrecadação de receitas federais (DARF) para restituição de parcelas do auxílio, mas que ainda não efetuaram o pagamento.

Este é o segundo lote de mensagens neste ano. Segundo o ministério, após o envio do primeiro lote de SMS, em agosto, foram devolvidos aos cofres públicos cerca de R$ 40,6 milhões até 21 de setembro. As restituições foram feitas por meio do pagamento de DARF em aberto e pela geração e pagamento de guias de recolhimento da União (GRU).

Entre as pessoas que não atendem aos critérios de elegibilidade estão aquelas com indicativo de recebimento de um segundo benefício assistencial do governo federal, como aposentadoria, seguro-desemprego ou Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). O grupo inclui também os que tinham vínculo empregatício na data do requerimento do auxílio emergencial e os identificados com renda incompatível com o recebimento do benefício, entre outros casos.

As mensagens enviadas pelo Ministério da Cidadania contêm o registro do CPF do beneficiário, ou NIS, no caso do público do Bolsa Família, e o link para fazer a regularização da situação, iniciado com gov.br. Os avisos serão enviados, exclusivamente, pelos números 28041 ou 28042.

COMO DEVOLVER

Todos aqueles que receberem a mensagem de texto relativos aos DARFs em aberto deverão efetuar o pagamento ou acessar o endereço eletrônico, gov.br/dirpf21ae, para denunciar fraude, se for o caso, ou informar divergência de valores.

Quem não tem DARF em aberto, mas tem valores a devolver, precisa acessar o site gov.br/devolucaoae e inserir o CPF do beneficiário. Depois de preenchidas as informações, será emitida uma GRU, e o cidadão poderá fazer o pagamento nos canais de atendimento do Banco do Brasil ou em outros bancos, caso selecione essa opção ao solicitar a emissão da GRU no sistema.

Para denunciar fraudes, o cidadão pode acessar a plataforma fala.br, da Controladoria-Geral da União. Além disso, o Portal da Transparência traz a relação pública de quem recebeu o auxílio emergencial. A ferramenta permite a pesquisa por estado, município e mês, ou por nome e CPF. (Agência Brasil)

Marcello Casal/Agência Brasil

Nova regra começou a valer ontem com objetivo, por exemplo, de coibir sequestros e roubos noturnos

Recentemente, o Banco Central (BC) anunciou novas regras para o PIX, que entraram em vigor ontem. Uma delas é o limite de R$ 1 mil para transferência e pagamentos feitos por pessoas físicas, entre 20h e 6h. As mudanças foram aprovadas em setembro com objetivo de coibir fraudes e casos de sequestros e roubos noturnos. Pessoas jurídicas não são afetadas pelas novas regras.

A restrição vale também para sistema de pagamento instantâneo, como transferências intrabancárias (TED e DOC), pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos.

O cidadão ainda pode alterar os limites de transações, que serão efetivados de 24 horas a 48 horas, após o pedido. Antes era concedido instantaneamente.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem que está havendo um esforço para combater contas laranjas – contas bancárias abertas por criminosos em nome de outras pessoas. Segundo ele, a medida busca aumentar a segurança do Pix.

Campos explicou que no caso de fraude ou até sequestro, os criminosos precisam de uma conta bancária sem os próprios dados pessoais para movimentar recursos. Por isso, a importância em identificar e fechar essas contas.

Sem essa possibilidade de receber o dinheiro, Campos acredita que os criminosos devem desistir de praticar esse tipo de ilegalidade pelo Pix.

AVANÇO

As novas regras do PIX representam um avanço, mas ainda são insuficientes para inibir os crimes, afirma o Procon-SP. O BC pode bloquear o valor transferido, até 72 horas, se suspeitar de um crime. “Essa iniciativa ajuda a minimizar os golpes aplicados, mas não resolve questões como sequestro relâmpago ou latrocínio", afirma o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.

O Procon-SP também defende que o Banco Central crie uma lista geral de usuários PIX cujas contas foram utilizadas para prática de crimes. Dessa forma, esses usuários ficarão impedidos de realizar transações e de criar novas chaves PIX em qualquer instituição financeira.

Agência Brasil

Dados do Caged mostram crescimento dos setores em contratações de trabalhadores com carteira assinada

Em mais um mês, o saldo de criação de postos de trabalho em Limeira é positivo. Desde o início do ano, os setores da cidade vêm mostrando uma boa recuperação, que reflete na oferta de empregos com carteira assinada.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, o saldo positivo foi de 641 postos de trabalho criados em agosto. O número representa aumento de 10,13% em relação a julho, que teve a criação de 582 empregos formais.

No comparativo com agosto de 2020, o saldo é menor em 18%. No ano passado, o município registrou 782 novos postos.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Limeira (Acil), José Mário Bozza Gazetta, diz que o segundo semestre, de modo geral, sempre é melhor que o primeiro. “As datas comemorativas deste semestre, como o Natal, já começam a movimentar as vendas. Embora estejamos ainda em uma pandemia, já vemos o comércio muito melhor”, afirma.

Ele ainda comenta que a Black Friday também é bastante relevante para os lojistas. Hoje, essa promoção ocorre não somente virtualmente, mas presencialmente nos comércios. “Os lojistas aproveitam e até criaram a Black Week, que fica a semana toda com promoções para atrair o cliente. Esse evento é um prenúncio de como o consumidor vai se comportar no fim do ano”, salienta.

O presidente da Acil diz que a expectativa é bastante positiva para este fim de ano. “A vacina foi importa para voltarmos a vida. As pessoas, aos poucos, vão retomando as atividades e as compras no comércio. Durante o isolamento, as pessoas deixaram de consumir. Agora a expectativa é de melhora”, afirma.

SETORES

Os dados do Caged ainda mostram quais setores abriram mais postos de trabalho em agosto. O primeiro é a indústria que criou 219 empregos com carteira assinada. Depois, aparece o comércio, com 117 postos; serviços abriu 156; construção, 78; e agropecuária, 11 postos de trabalho.

No acumulado do ano, Limeira soma a criação de 5.091 empregos formais. No acumulado de 12 meses, são 7.093.

Em agosto de 2020, o município acumulava saldo negativo com 2.081 postos de trabalho fechados.

NO PAÍS

O Brasil registrou um saldo de 372.265 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em agosto. O saldo é o resultado de um total de 1.810.434 admissões e 1.438.169 desligamentos.

São Paulo foi o estado que registrou o maior saldo positivo, com 113.836 novos postos de trabalho (alta de 0,89% na comparação com julho); seguido de Minas Gerais, com 43.310 novas vagas (alta de 0,99% na comparação com o mês anterior) e do Rio de Janeiro, com 22.960 novos postos (alta de 0,71%, na comparação com julho). (Com Agência Brasil)

Agência Brasil

Começou a valer na segunda-feira, as novas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que elevam o custo do crédito para empresas e famílias. O aumento é de 36%, vai ser cobrado até 31 de dezembro deste ano.

O imposto incidirá sobre operações de crédito, como empréstimo e financiamento, câmbio e seguro ou relativas a títulos e valores mobiliários. O objetivo do governo é custear o Auxílio Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família.

O aumento do IOF também será aplicado em operações de financiamento para aquisição de imóveis não residenciais, em que o mutuário seja pessoa física.

Segundo o decreto, para as pessoas físicas a alíquota passa de 3% ao ano (diária de 0,0082%) para 4,08% ao ano (diária de 0,01118%). Já para as pessoas jurídicas, a alíquota anual aumenta de 1,5% (diária de 0,0041%) para 2,04% (diária de 0,00559%).

Isso significa que a nova tarifa vai ser aplicada quando o consumidor entrar no cheque especial, atrasar a fatura do cartão ou do financiamento.

Os novos valores serão cobrados apenas na alíquota diária dessas operações de crédito. Nesses casos, a base de cálculo é o valor do principal de cada liberação.

Um exemplo de como será a cobrança da alíquota é se o consumidor cair no rotativo do cartão de crédito, ou seja, atrasar o pagamento da fatura, será cobrado em 0,38% do valor mais a taxa diária de 0, 01118%. A mesma alíquota será aplicada no empréstimo consignado e no cheque especial.

O decreto deixa de fora da cobrança das novas alíquotas as pessoas jurídicas do Simples Nacional. Para elas, permanece a atual alíquota para operações diárias de crédito, que 0,00137% ao dia.

IOF

É um imposto cobrado pelo governo em alguns tipos de transações financeiras. Ele é composto por duas alíquotas diferentes: a diária e a fixa que incidem sobre operações de crédito, câmbio (compra e na venda de moeda estrangeira, como o dólar), de seguro realizadas por seguradoras, relativas a títulos ou valores mobiliários e também em operações com ouro. Isto significa que, quando o imposto aumenta, mais caro fica o custo efetivo total de cada uma das operações. (Com Agência Brasil)

 

 

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As medidas se concentram, especialmente, em procedimentos de inscrição, registro em juntas comerciais, entre outras

No final de agosto, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei 14.195/2021, que facilita a abertura de empresas e estimula o comércio exterior. A norma é resultado da Medida Provisória 1040/21, aprovada pelo Congresso no início de agosto.

A nova lei traz uma série de novidades que visam facilitar a abertura de empresas no país. As medidas se concentram, especialmente, em procedimentos de inscrição, registro em juntas comerciais, entre outras alterações que desburocratizam o início de um novo negócio.

A advogada Fabiana Arruda, do escritório Rafael Rigo – Sociedade de Advogado, explica as principais mudanças trazidas pela legislação.

Um dos pontos que a advogada explica é sobre como vai funcionar a unificação de inscrições fiscais federal, estadual e municipal e como isso será vantajoso ao empresário. Segundo ela, a unificação das inscrições fiscais no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) visa a desburocratização do processo de abertura de empresas, eliminando as fases de análises prévias dos endereços/viabilidade e automatização da checagem de nome empresarial. “Para os empresários, esse sistema eletrônico, mantido entre os órgãos envolvidos no processo de registro e legalização de empresas, garante a consulta prévia sobre a viabilidade do endereço onde a empresa será instalada e a disponibilidade do nome empresarial; o uso da classificação nacional de risco das atividades por estados e municípios que não possuem classificação própria; e a concessão automática, sem análise humana, de alvará de funcionamento e de licenças para as  empresas enquadradas em atividade de grau de risco médio”, observa.

A lei também trouxe novidades em relação ao uso do número de CNPJ, que poderá ser usado como nome empresarial, seguido da partícula identificadora do tipo societário ou jurídico, quando for o exigido legalmente. “Nesse sentido, temos que, na denominação de Sociedade Anônima e da Sociedade em Comandita, era obrigatório que constasse a designação do objeto social da empresa, agora a menção ao objeto social passou a ser facultativo”, pontua.

A advogada ainda explica que, quanto aos procedimentos nas Juntas Comerciais, a lei determina que seja aplicada a classificação nacional de atividades de médio risco naqueles estados que não tiverem classificação própria. Além disso, os alvarás de funcionamento e licenças devem ser emitidos automaticamente, obrigatoriamente acompanhada de termo de ciência e responsabilidade. “Será possível registrar sociedades simples nas Juntas Comerciais e a abrir sociedades pela internet, dando muito mais celeridade aos trâmites da constituição e regularização desse tipo de empresa”, diz.

Ela cita também que as Juntas Comerciais não precisarão mais arquivar os contratos e as alterações após escaneamento. Os responsáveis e outros interessados terão 30 dias antes da destruição para retirar esses documentos.

EMPRESA SEM MOVIMENTAÇÃO

Antes da nova lei, era garantido legalmente às empresas, até mesmo aquelas que não atualizassem seus cadastros nas Juntas Comerciais competentes, por um período de até 10 anos, a proteção de seu nome empresarial. Isso causava dificuldades na autorização de novos registros com a mesma denominação, mesmo que a empresa já existente estivesse inativa, o que obrigava o empresário a registrar sua empresa com nome diferente ou até desistir de abrir uma filial.

A advogada explica que agora, com o fim da proteção, empresas sem movimentação serão consideradas inativas e canceladas. Com o nome comercial é liberado para uso, tanto para o empresário que pretende constituir uma firma nova ou ainda para aqueles que têm interesse em abrir filiais em seus estados de origem ou em estados distintos da sua matriz.

“Será uma grande oportunidade, inclusive, para aquelas empresas sem movimentação cadastral, para atualizarem sua situação, incluindo seu capital social, vez que muitas constam com capital sem expressão monetária em moeda corrente. Além disso, com essa nova medida temporal, será possível ter real noção das empresas em efetiva operação nos estados brasileiros”, comenta.

VETOS

O presidente também fez uma série de vetos a lei e entre elas estavam um conjunto de artigos que eliminavam o tipo societário denominado de “sociedade simples”, ou seja, aquelas sociedades de natureza intelectual (científica, literária e artística) e que não estejam organizadas com elementos de empresa.

“Considerando que as mudanças seriam profundas no regime societário e nos reflexos tributários e mais ainda, considerando o momento da retomada das atividades econômicas, pós pandemia da Covid-19, o veto é benéfico, pois, a princípio, manterá mais empresas regularmente ativas, o que gera mais economia ao país”.

Arte: TUTU/FercomércioSP

Chegou ao Senado o projeto de lei 2.337/2021, proposto pelo governo federal, que visa a alterar a legislação do Imposto sobre a Renda (IR). Na Câmara, o texto original sofreu diversas alterações. Além da mudança no IR sobre os proventos de qualquer natureza das pessoas físicas e das empresas, também trata da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo, atual Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se posiciona contra a aprovação do projeto. “É essencial que se priorize a aprovação de uma Reforma Administrativa ampla e sem exceções, que reduza o tamanho do Estado e, consequentemente, a necessidade de ampliação da arrecadação. Além disso, tanto o governo quanto o Congresso deveriam trabalhar em busca da simplificação do sistema tributário vigente, da segurança jurídica do contribuinte, da desburocratização das obrigações acessórias, e da desoneração das exportações e dos investimentos”, diz a entidade.

O substitutivo do relator foi aprovado em uma votação controversa em 1º de setembro na Câmara dos Deputados. Apesar da complexidade envolvida, as discussões duraram menos de três horas, e somente nos últimos 30 minutos foi disponibilizado o parecer do relator às emendas de plenário que traziam, de fato, o texto substitutivo em discussão. Quanto aos destaques, foi aprovado apenas o de número 35, emenda 125, que reduziu para 15% a alíquota de IR sobre a distribuição de lucros e dividendos.

Para a Federação, o restabelecimento da tributação sobre a distribuição dos lucros e dividendos afeta a carga tributária das empresas, uma vez que, na prática, a pessoa jurídica se confunde com a pessoa física, especialmente nas de menor porte.

Por este motivo, a redução de 8% nas alíquotas de IR de pessoa jurídica e CSLL, bem como a instituição de alíquota de 15% sobre a distribuição de lucros e dividendos, resultam em aumento da carga tributária sobre o lucro. Atualmente a carga final sobre o lucro é de 34% e passaria para 37,1%. (Redação)

Chegou ao Senado o projeto de lei 2.337/2021, proposto pelo governo federal, que visa a alterar a legislação do Imposto sobre a Renda (IR). Na Câmara, o texto original sofreu diversas alterações. Além da mudança no IR sobre os proventos de qualquer natureza das pessoas físicas e das empresas, também trata da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo, atual Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se posiciona contra a aprovação do projeto. “É essencial que se priorize a aprovação de uma Reforma Administrativa ampla e sem exceções, que reduza o tamanho do Estado e, consequentemente, a necessidade de ampliação da arrecadação. Além disso, tanto o governo quanto o Congresso deveriam trabalhar em busca da simplificação do sistema tributário vigente, da segurança jurídica do contribuinte, da desburocratização das obrigações acessórias, e da desoneração das exportações e dos investimentos”, diz a entidade.

O substitutivo do relator foi aprovado em uma votação controversa em 1º de setembro na Câmara dos Deputados. Apesar da complexidade envolvida, as discussões duraram menos de três horas, e somente nos últimos 30 minutos foi disponibilizado o parecer do relator às emendas de plenário que traziam, de fato, o texto substitutivo em discussão. Quanto aos destaques, foi aprovado apenas o de número 35, emenda 125, que reduziu para 15% a alíquota de IR sobre a distribuição de lucros e dividendos.

Para a Federação, o restabelecimento da tributação sobre a distribuição dos lucros e dividendos afeta a carga tributária das empresas, uma vez que, na prática, a pessoa jurídica se confunde com a pessoa física, especialmente nas de menor porte.

Por este motivo, a redução de 8% nas alíquotas de IR de pessoa jurídica e CSLL, bem como a instituição de alíquota de 15% sobre a distribuição de lucros e dividendos, resultam em aumento da carga tributária sobre o lucro. Atualmente a carga final sobre o lucro é de 34% e passaria para 37,1%. 

Arquivo Gazeta

Valores desses cortes caíram 1,6% no mês de agosto, enquanto o frango registrou aumento de 8,6% e o ovo ficou 1,46% mais caro

Com a alta variação do preço dos alimentos, alguns produtos se destacam por irem na contramão dessa tendência. É o caso da carne suína e dos pescados. O Índice de Preços aos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) e pela Fipe, mostra uma inflação de 2% em agosto. Mesmo assim, os cortes suínos baixaram 1,6% no mês, acumulando queda de 6,8% desde janeiro. Já o preço dos pescados se manteve estável no período.

Esses dois tipos de carnes podem ser opções para substituir proteínas como a carne bovina e o frango, que estão em alta. Em agosto, o frango registrou aumento de 8,6%.

O economista Diego Pereira, do Departamento de Economia e Pesquisa da Apas, lembra que os preços já vinham pressionados pela valorização das commodities e pelo efeito das geadas registradas em julho. Agora são impactados também pelos aumentos sucessivos da tarifa de energia elétrica. “O caso do frango exemplifica o efeito dominó causado pelos aumentos da bandeira tarifária, já que a energia elétrica é fundamental para a criação de aves. Soma-se a isso o alto custo praticado nas commodities de soja e milho, que compõem 70% da ração animal, além do preço no combustível utilizado no transporte”, explica.

Segundo o levantamento, a carne de frango registrou a maior alta no mês passado, acumulando 21,42% desde janeiro. A dúzia de ovos ficou 1,46% mais cara em agosto e acumula 12% desde o começo do ano.

AUMENTO ABAIXO DA MÉDIA

Como forma de tentar economizar, a dica é que o consumidor fique de olho nos itens que tiveram aumentos abaixo da média do mês (2%) e no acumulado do ano (6,1%). É o caso das bebidas não alcoólicas, dos produtos de limpeza e dos artigos de higiene. As bebidas não alcoólicas subiram 1,6% e 3,5%, respectivamente. Os produtos de limpeza registram alta de 1,57% em agosto e 5,78% no ano, e os artigos de higiene e beleza, 1,4% e 5,3%, respectivamente.

O café e o açúcar, dupla inseparável para boa parte dos brasileiros, deve continuar registrando elevação nos preços e amargando o bolso do consumidor. “A safra de cana deste ano é 4,3% menor em relação à do ano passado e as geadas prejudicaram aproximadamente 30% do cultivo no Estado de São Paulo, maior produtor brasileiro”, diz o economista.

Pereira ainda cita que a safra do café deve ser 22,6% menor em relação a 2020, forçando a utilização dos estoques privados, que somam mais de 11,4 milhões de sacas. “A safra menor, que já era prevista pelo mercado, foi impactada pela geada e ligou o alerta aos preços futuros já negociados, uma vez que o auge da colheita foi em julho”, destaca.

O preço do açúcar aumentou 2,48% no mês de agosto, acumulando alta de 31,95% neste ano. O café, por sua vez, ficou 8,05% mais caro no mês de agosto, uma inflação acumulada de 20,21% no ano. Os produtos in natura, que costumam registrar deflação nessa época do ano em virtude da queda na demanda, tiveram aumento de 6,23% devido à geada, mas no acumulado de janeiro a agosto, registram deflação de 3,67%. Entretanto, nos últimos 12 meses, a inflação desses itens é de 8,05%.

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